A medida vai começar a ter efeito a partir de junho de 2021, altura em que todas as escolas neozelandesas vão disponibilizar de forma gratuita pensos e tampões.

"Oferecer produtos menstruais na escola é uma forma de o governo ajudar a resolver de forma direta a pobreza, a aumentar a frequência escolar e a ter um impacto positivo no bem estar das crianças", disse a primeira ministra da Nova Zelândia, Jacinda Ardern, citada pela Reuters. De acordo com uma pesquisa feita naquele país, uma em cada 12 jovens faltam à escola devido à pobreza menstrual.

A Nova Zelândia segue assim os passos da Escócia que, em novembro de 2020, se tornou o primeiro país do mundo a garantir a gratuitidade de produtos menstruais.

A pobreza menstrual é um problema de saúde pública a nível mundial, que afeta 1 em cada 5 raparigas em idade escolar. Traduz-se na falta de acesso a absorventes femininos por incapacidade financeira, bem como a discriminação durante o período menstrual, o que leva a absentismo e desistência escolar, bem como outros problemas de saúde e sociais.

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A falta de higiene menstrual pode causar problemas de saúde e conduzir a doenças reprodutivas e urinárias. Também impede que as mulheres desenvolvam todo o seu potencial e não tenham acesso às mesmas oportunidades de crescimento, aumentando o risco de casamento infantil, gravidez precoce, subnutrição, violência doméstica e complicações gestacionais.