Há uns anos seria comum chegar a uma mercearia e dizer: "Sr. José, queria 250 gramas de feijões. E já agora um pão de centeio, por favor", um pedido sempre precavido pelo saco de pano para levar o pão e sem perguntas como: "Quer saco? E contribuinte?".

Com o aparecimento dos super e hipermercados, a ida ao comércio local tornou-se menos frequente e o granel deixou praticamente de existir. No entanto, nos últimos anos deu-se uma espécie de regresso ao passado no que diz respeito aos hábitos do antigamente e, aos poucos, começamos a ouvir falar cada vez mais nesta forma de comprar os alimentos.

Ainda que esteja de regresso, o que é que mudou do granel do antigamente para os dias de hoje? O conceito mantém-se e, regra geral, a simpatia dos comerciantes também. Mas agora levam-se frascos para encher, alguns dos novos espaços são mais modernos e já não se vendem apenas os feijões — na lista das compras foram entrando as farinhas saudáveis, as sementes de chia e de girassol ou os flocos de aveia para o pequeno-almoço.

O granel surge nos últimos tempos como uma alternativa mais ecológica que pretende dar lugar às embalagens de plástico descartável que nos habituámos a comprar desde que as compras passaram a ser feitas apenas nos supermercados.

Só que apesar de ser uma opção mais sustentável, nem todos estão dispostos a apostar numa prática que, por muito que seja mais benéfica para o Planeta, nem sempre o é para a carteira. Mas será que é mesmo assim? Foi isso mesmo que fomos testar.

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Pegámos em 10 frascos, uma lista de ingredientes que nos faltavam em casa e fomos às compras. Depois de duas lojas a granel — a Maria Granel e a Bagas e Sementes, em Alvalade — e uma mercearia que vende também produtos nestes moldes, a loja A Mariazinha, voltámos com uma tote bag pesada e com os talões na carteira.

No final de tudo, fizemos as contas para perceber se afinal comprar a granel fica ou não mais em conta. Para isso, comparámos os preços de cada produto com aqueles que estão disponíveis em três cadeias de supermercados: Continente, Auchan e Pingo Doce.

E não nos limitámos aos produtos cujo método de produção é o tradicional. Comprámos também alimentos biológicos, normalmente mais caros, para analisar o que é que compensa mais.

Revelamos os resultados nesta que é a Semana Europeia da Redução do Desperdício — de 16 a 24 de novembro. Comprar ou não comprar a granel? Eis os preços.

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