Novos iPhones, Airpods, Apple Watches e uma grande aposta na Inteligência Artificial (IA). Foram estas as novidades que saíram do Apple Event, que se realizou esta segunda-feira, 9 de setembro, na sede da gigante tecnológica, na Califórnia. E as críticas já andam a circular em relação aos novos produtos, que foram testados em primeira mão pelos convidados do evento.

A Apple apresentou uma nova geração do modelo de entrada dos seus fones sem fios, os Airpods 4 (199€). Pela primeira vez, os modelos mais baratos vão contar com tecnologia de cancelamento ativo de ruído, melhorias a nível do áudio espacial e da bateria, bem como a introdução de um modo Adaptativo, que pressupõe que os auriculares sejam capazes de reduzir o ruído assim que seja detetada uma zona mais barulhenta.

No entanto, e porque a saúde é algo com que a gigante tecnológica se preocupa cada vez mais, haverá uma nova funcionalidade para os AirPods Pro 2, que permitirá aos utilizadores fazerem um teste auditivo. E há quem já tenha testado esta nova funcionalidade no evento, como foi o caso de Kimberly Gedeon, da "Mashable".

A jornalista ficou impressionada pelo facto de o teste ser rápido – não demora mais do que cinco minutos e consiste em tocar no ecrã sempre que se ouvir um ruído, apresentando um relatório detalhado da condição da audição do utilizador no final – e pelo facto de o dispositivo lhe ter detetado uma "perda de audição moderada".

Além disso, uma das grandes novidades é que os Airpods Pro 2 poderão ser usados como aparelhos auditivos. Esta funcionalidade, que surge adaptada às necessidades do utilizador, descobertas depois de levado a cabo o tal teste de audição, aumenta os sons do exterior em tempo real, não só em termos de discurso, como a nível de som ambiente, diz o "Tech Crunch". E a jornalista diz que vai "precisar deles".

E se houve um grande burburinho em relação às novidades dos auriculares, o mesmo não se pode dizer dos dispositivos pelos quais os fãs da marca anseiam todos os anos: os novos iPhones. Várias são as críticas que têm circulado em relação à nova geração de smartphones, como é o caso do "MarketWatch", que diz que a novidade é "aborrecida" e que a Apple tem de "voltar a ser revolucionária".

Referindo-se às habituais melhorias de resolução das câmaras e da autonomia, bem como à integração da Apple Intelligence, um conjunto de funcionalidades que dão o salto para a era IA, o site de tecnologia afirma que "por enquanto, está tudo bem", mas que a marca precisa de "fazer crescer o ecossistema para além da plataforma que Steve Jobs construiu" – dando a entender, portanto, que poucas tem sido as novidades palpitantes desde a morte do fundador da Apple.

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"Os produtos da Apple lançados sob a liderança de Steve Jobs (o Mac, o iPod, o iTunes, o iPhone e o iPad) continuam a gerar a grande maioria das receitas e lucros da empresa (...). O atual CEO, Tim Cook, tem tido a sorte de cultivar e rentabilizar esse ecossistema desde então", explica, duvidando também do "poder de computação" da marca para produzir "uma IA verdadeiramente espantosa" a solo.

O "Pocket-Lint" também descreve a nova geração de iPhones como aborrecida, dizendo que os smartphones são iguais "aos do ano passado com alguns botões novos e a mesma promessa de funcionalidades de IA para o futuro". "É estranho que um par de auriculares sem fios redesenhado seja uma das coisas mais interessantes num evento de telefones, mas é o que temos", lê-se na crítica.

A Apple apresentou, como já costuma fazer há alguns anos, quatro novos modelos: o iPhone 16, 16 Plus, 16 Pro e 16 Pro Max. Em termos de design, aquilo que muda é o tamanho – os modelos menores passam a ter 6,3 polegadas, em vez das habituais 6,1, e os modelos Max sobem de 6,7 polegadas para 6,9 –, bem como a organização das câmaras em ambos os modelos de entrada, que passam a ter as câmaras alinhadas na vertical, regredindo para os tempos do iPhone 11.

A par disto, os iPhones 16 passam a ter o botão Ação (algo que, na geração passada, era exclusivo dos modelos Pro). Além disso, o quarteto também recebeu um novo botão de controlo da câmara, que tanto pode ser usado para tirar uma foto como para regular as definições da câmara, incluindo o zoom. Segundo o "Tom's Guide", o facto de os modelos de entrada estarem "cada vez mais pro" é uma coisa boa.

"Todos os anos, a Apple tenta convencer as pessoas a comprar os seus iPhones normais [sem ser os Pro, diga-se] e, com a geração deste ano, a estratégia não é diferente de todo. No entanto, devo dizer que as razões são muito mais convincentes" este ano, frisa o site de tecnologia, elogiando o facto de os modelos de entrada não terem grandes diferenças daqueles que são considerados mais potentes.

Elogiando as novas cores da linha de entrada – branco, preto, rosa, azul marinho e turquesa –, que "metem as dos outros modelos a um canto", o site diz que, embora "o fosso entre as duas gamas" não tenha desaparecido, a mais barata é, desta vez, perfeita para quem "estiver à procura de poupar dinheiro sem comprometer as funcionalidades" mais palpitantes do lançamento.

Os novos smartphones da gigante tecnológica chegam ao mercado a 20 de setembro. Em Portugal, a versão base do iPhone 16 custará 989€ e o modelo Plus nos 1.139€, preço que vai aumentando consoante a memória desejada. No que diz respeito à versão Pro, o iPhone 16 Pro começa nos 1.249€ e o Pro Max nos 1.499€.