A vida não está fácil para os responsáveis do Facebook. Depois do escândalo com a Cambridge Analytica e um outro caso de utilização indevida de informação pessoal dos utilizadores, o problema agora envolve a aplicação Messenger Kids, criada para que crianças pudessem utilizar o serviço e falar apenas com pessoas previamente autorizadas pelos pais.

A vulnerabilidade foi reportada esta terça-feira, 23 de julho, pela revista "The Verge" que escreve que uma falha de design na aplicação permitiu que várias crianças pudessem entrar em conversas de grupo com pessoas estranhas ou não autorizadas pelos pais nas definições da plataforma.

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"Durante a semana passada, a rede social tem estado a fechar esses grupos e a alertar utilizadores, mas não fez nenhum comunicado oficial a reportar o problema na sua plataforma", pode ler-se.

Contactado pela revista, o Facebook já reagiu e confirmou a existência da falha, afirmando estar a tomar todas as medidas necessárias para que este tipo de situações não se voltem a repetir.

"Recentemente, notificámos alguns pais que tivessem filhos a utilizador o serviço Messenger Kids e que tivessem sido afetados por esta falha. Desativámos essas conversas de grupo e fornecemos informação adicional sobre como estar seguro online e dentro da nossa aplicação", disse um porta-voz da empresa.

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Apesar da admissão de erro, desconhece-se desde quando é que o problema existe na aplicação que foi lançada no mercado em dezembro de 2017.

Mas a verdade é que o caso é especialmente grave, tendo em conta que o Messenger Kids foi desenhada para ser utilizada por crianças com menos de 13 anos. Além disso, surge na altura em que há várias queixas sobre a incapacidade da plataforma em adotar medidas suficientes para garantir a privacidade dos seus utilizadores.