É já na próxima sexta-feira, 9 de agosto, que arranca o novo canal do grupo MediaCapital, o V+ TVI. A ocupar a antiga posição da TVI Ficção e com o slogan “o canal que faltava”, este é um espaço onde os telespectadores poderão ver desde blocos de informação e entretenimento até jogos de futebol, passando ainda por um conteúdo que já não se vê em nenhum outro canal em sinal aberto: filmes eróticos.

Dos filmes eróticos de madrugada ao programa de Tony Carreira. Conheça a programação do V+
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A aposta neste tipo de conteúdos vem de uma estratégia de programação que começou a ser usada pelos canais generalistas nos anos 90 e, como existe público para todo o tipo de conteúdos, Hugo Andrade, o diretor do novo canal, acredita também existir para os filmes eróticos. “Sé este é o canal que faltava é exatamente por este tipo de filmes não existir nos outros canais. O cinema erótico não é uma coisa nova na televisão, não é de agora e não é apenas dos últimos anos, é um género dentro do cinema que existe e que tem o seu próprio público”, disse o diretor à MAGG, aquando da apresentação do V+ TVI na passada terça-feira, 6 de agosto.

Hugo Andrade explicou que a existência de filmes eróticos na grelha serve para complementar uma “lógica de programação”, visto que vão ser exibidos às sextas-feiras à noite depois do consultório de sexologia da psicoterapeuta Susana Dias Ramos, "Segredos do Prazer". “Nós temos a noite de sexta-feira construída com um consultório com a Susana Dias Ramos, e depois a seguir temos um filme erótico. Isto tem coerência, estamos a fazer tudo na lógica de complementaridade”, disse.

Hugo Andrade, diretor do novo canal V+ TVI
Hugo Andrade, diretor do novo canal V+ TVI Hugo Andrade, diretor do novo canal V+ TVI créditos: TVI

“Não é um género que não faça sentido como eu já disse, muito pelo contrário. Como os outros não têm, faz sentido que nós tenhamos, principalmente no espaço da grelha onde está”, acrescentou Hugo Andrade. No entanto, o diretor do V+ TVI confessou que a escolha dos filmes a serem passados não foi fácil, uma vez que “os tempos mudaram” e o papel da mulher não é mais o mesmo que poderia ser retratado nos filmes mais antigos. “Nós não os vamos produzir, nós apenas vamos emiti-los, mas confesso que é uma área de trabalho bastante complexa. Os tempos mudaram. Foi difícil encontrar a oferta que queríamos, passámos tempos e tempos a dizer ‘não, não, não’ até chegarmos ao que queríamos passar”, começou por dizer.

“Vamos passar alguns clássicos, os clássicos são sempre os clássicos, e temos também alguns mais recentes que já transmitem um pouco essa noção do assunto. É sempre algo de risco, somos todos diferentes, mas não queremos mesmo ultrapassar essa linha, fomos muito exigentes no processo de escolha e tivemos um critério muito apertado”, acrescentou Hugo Andrade. 

Os filmes eróticos vão ser emitidos às sextas-feiras depois do programa de Susana Dias Ramos e também aos sábados, sendo que neste dia as produções vão começar ainda mais tarde, já madrugada adentro. Hugo Andrade confessa que “vão existir todo o tipo de filmes estrangeiros mais ou menos eróticos para todos os gostos”, para atrair um público que não tem essa opção de escolha noutros canais.