Está a chegar à Netflix um novo documentário sobre um crime que chocou o Brasil há 15 anos. “Isabella: O Caso Nardoni” conta a história de uma criança de 5 anos que foi morta enquanto estava ao cuidado do pai e da madrasta. Este filme estreia-se a 17 de agosto e mostrará a investigação da polícia e ainda as provas que levaram à prisão dos principais suspeitos.
De acordo com o portal de notícias G1, o caso aconteceu em março de 2008, quando Isabella estava em casa do seu pai em São Paulo, no Brasil. A criança terá sido agredida pelo pai e pela madrasta e estes, pensando que estava morta, atiraram-na da janela do sexto andar do apartamento onde residiam.
Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá foram considerados culpados pelo homicídio da criança de 5 anos. O pai de Isabella foi condenado a mais de 30 anos de prisão e a madrasta recebeu uma pena de 26 anos de prisão. Passados estes anos, o casal ainda continua a negar o seu envolvimento na morte da criança.
Este documentário é o resultado da leitura de mais de seis mil páginas do processo criminal, mais de 115 horas de entrevistas e mais de cinco mil ficheiros do arquivo fotográfico tanto dos meios de comunicação social como da família. O filme dá um especial destaque às entrevistas realizadas à mãe de Isabella, Ana Carolina Oliveira, e aos avós maternos da criança, segundo revela a CNN Brasil.
No trailer do documentário, lançado na terça-feira passada, 1 de agosto, dá-se conta dos detalhes de como aconteceu este crime e ainda é possível ver um excerto da entrevista realizada à mãe da vítima. “Quando eu realmente vi que ela não tinha sobrevivido, a única coisa que eu consegui falar no ouvido dela foi ‘Você pode ir. Vai em paz, que eu vou cuidar de tudo o que aconteceu aqui”, referiu Ana Carolina Oliveira.
O filme foi realizado por Claudio Manoel e Micael Langer e contou ainda com a participação de Rogério Pagnan, jornalista do jornal “Folha de S. Paulo”, e Ilana Casoy, criminóloga e autora de livros como “Serial Killers Made In Brasil” ou “Bom dia, Verónica”.
“A produção traz ainda reflexões sobre a nossa sociedade, sobre a justiça criminal e ainda sobre o sensacionalismo. Além de tudo isso, é também o resgatar de uma história que não pode ser esquecida. Esta rapariga poderia estar hoje aqui com todos nós, aos 21 anos, a tirar um curso na faculdade, a traçar o seu futuro”, mencionou o Claudio Manoel, citado pelo E Online.