Durante quase uma década, Gisèle Pelicot foi drogada e abusada pelo seu marido, Dominique Pelicot, sem ter conhecimento. Pelicot convidava ainda dezenas de outros homens para violarem a sua mulher. Por opção da própria Gisèle Pelicot, o julgamento foi aberto ao público, com o intuito de expor o violador. 

20 livros a não perder em fevereiro (do testemunho da filha de Pelicot aos fenómenos do TikTok)
20 livros a não perder em fevereiro (do testemunho da filha de Pelicot aos fenómenos do TikTok)
Ver artigo

Dominique Pelicot acabou por admitir em tribunal todos os crimes que tinha cometido. Em dezembro de 2024, o tribunal francês condenou-o à pena máxima de 20 anos de prisão. Agora poderá ver esta história contada e explorada num documentário produzido pela ITN Productions, que estreia na plataforma de streaming Max na quarta-feira, 12 de fevereiro. 

O filme examina os crimes de uma perspectiva psicológica, jurídica e cultural, para além de ouvir vozes da comunidade Mazan, onde os Pelicot viviam uma reforma aparentemente idílica. O “The Pelicot Rape Case” questiona o facto de estes crimes não terem sido denunciados durante tantos anos e o que é que isso significa para a forma como a agressão sexual é vista em França e no resto do mundo. 

Um descuido permitiu que, em 2020, Dominique Pélicot fosse detido e os seus crimes finalmente descobertos. Foi apanhado num supermercado a fotografar a roupa interior de mulheres e foi esse episódio que serviu de rastilho para serem descobertos todos os pormenores. Os investigadores encontraram no computador do homem milhares de fotos e vídeos de Gisele, visivelmente inconsciente, muitas vezes em posição fetal, a ser violada por dezenas de estranhos. Os abusos aconteciam na casa da família.  

Pode ver o trailer de “The Pelicot Rape Case” aqui.