
O programa, que se tornou um dos mais vistos da grelha noturna da CBS nos últimos anos, tem os dias contados. De acordo com o "Expresso", a cadeia televisiva garantiu que a decisão foi apenas financeira e não está relacionada com a audiência, o conteúdo do programa ou quaisquer questões internas da Paramount Global, empresa-mãe da CBS.
Ainda assim, o anúncio surge num momento particularmente delicado para a estação. Como recorda também o "Expresso", a CBS está em processo de fusão com a Skydance Media, operação que ainda aguarda aprovação governamental e que pode estar a influenciar a reconfiguração editorial da emissora.
Segundo o "The Guardian", o fim do programa foi comunicado ao público na noite de quarta-feira, 17, durante uma gravação no Ed Sullivan Theater, em Nova Iorque, onde decorrem habitualmente os episódios do talk show. O jornal britânico destaca que o anúncio deixou o público presente em choque.
Stephen Colbert, conhecido pelo humor mordaz e pelas críticas recorrentes a Donald Trump, não fez qualquer comentário oficial sobre o cancelamento. No entanto, o "The Guardian" nota que o fim do programa acontece poucos dias depois de o apresentador ter criticado a Paramount, por ter chegado a acordo judicial com o presidente norte-americano.
A senadora Elizabeth Warren reagiu ao anúncio, levantando suspeitas sobre os verdadeiros motivos da decisão: “A CBS cancelou o programa de Colbert apenas três dias depois de ele ter criticado a empresa-mãe, a Paramount... Os americanos têm o direito de saber se o programa foi cancelado por razões políticas.”
Até ao momento, a CBS mantém que o encerramento do programa se deve apenas a questões orçamentais. O “The Late Show” continuará em emissão até maio de 2026.