A sétima edição do "Ídolos" vem aí depois de uma longa pausa (este concurso de talentos não fazia parte da grelha de televisão portuguesa desde 2015). As gravações começaram em fevereiro e os primeiros castings aconteceram na FIL, em Lisboa.

A nova temporada chega à SIC a 9 de abril, um sábado à noite. Em parceria com a Rádio Renascença, é um programa "que se quer familiar, para todo o tipo de público", segundo expressou Daniel Oliveira na apresentação à imprensa do formato, que decorreu esta quarta-feira (30) no Capitólio, em Lisboa. O diretor de programas da estação de Paço de Arcos garante que o formato "vai ter muitas novidades".

"Ídolos". Já sabemos quem são os jurados e há uma surpresa "extremamente desagradável"
"Ídolos". Já sabemos quem são os jurados e há uma surpresa "extremamente desagradável"
Ver artigo

Tal como a "sociedade evoluiu", também o "programa evoluiu". "A abordagem é diferente. Geracionalmente, há uma rutura com aquilo que foi feito", assegurou Daniel Oliveira, dando como exemplo os jurados e a apresentação. Assim, esta temporada "vai ter uma vertente no formato digital", para que possa acompanhar as "novas formas de comunicação".

"Queremos premiar o talento e dar relevância a essas mesmas participações"

"Conseguimos que um programa que tem um histórico muito forte na SIC possa ter um lado novo para o espectador que o vir", explicou Daniel Oliveira aos presentes na apresentação do formato. "Essa frescura que o programa traz" passa também pelo "tipo de concorrentes que podia participar nas fases de castings".

Daniel Oliveira argumenta que, nos últimos anos, existia uma ideia de quem poderia concorrer e que tinha "um determinado mediatismo que aqui não vai ter". Ainda assim, assegura: "Não fechámos as portas a ninguém". "Queremos premiar o talento e dar relevância a essas mesmas participações."

Foram, por isso, "mais criteriosos na escolha dos candidatos". Aceitaram concorrentes de todas as nacionalidades e, na fase dos pré-castings, receberam mais de quatro mil pessoas. Às audições, passaram mais de 300. Atualmente, foram reduzidas a 100 e, na próxima fase, restarão 30. Para as galas vão ser selecionados apenas 15 participantes.

Esta seleção cabe aos jurados. Está em causa um painel que, para Daniel Oliveira, "aporta valor ao programa e à forma como os participantes vão ser enquadrados" no mesmo. Um dos atuais elementos do júri é o maestro Martim Sousa Tavares, "da nova geração, um talento imenso que este país produziu".

Ídolos
créditos: João Maria Catarino / Divulgação SIC

"Quando vimos as primeiras imagens, ficámos completamente satisfeitos em relação à expectativa que tínhamos"

Integra também o painel o líder dos Black Mamba, Pedro Tatanka, "que fez uma carreira na música muito a pulso", como recorda o responsável da SIC. "É um compositor, um músico absolutamente formidável, que tem obra feita e sabe o que custa o trabalho continuado, os patamares que se sobem."

Ainda na área da música, elegeram Ana Bacalhau, vocalista dos Deolinda e "uma das grandes vozes do país". "Música, compositora, e um talento que tem a capacidade de empatizar muito com as pessoas que estão a participar", para Daniel Oliveira. Por fim, Joana Marques, humorista que conduz a rubrica "Extremamente Desagradável", na Rádio Renascença.

Porquê apostar numa jurada fora do mundo da música? Daniel Oliveira justifica: "Cumpre o papel de conhecer os Ídolos de Portugal como ninguém e de os poder escrutinar como ninguém". Além disso, "é outsider e, portanto, não está totalmente inserida no meio musical", pelo que "tem uma visão que pode ser a do espectador", o que "traz um valor acrescido".

Ídolos Sara Matos
créditos: João Maria Catarino / Divulgação SIC

A conduzir o programa está Sara Matos, naquele que é o seu primeiro trabalho enquanto apresentadora. A atriz vem dar continuidade ao legado de celebridades como Cláudia Vieira e João Manzarra, entre outros. O vencedor desta edição terá direito a um curso intensivo na escola de música Berklee College, em Boston, e ainda a um Hyundai Kauai.

"Quando vimos as primeiras imagens, ficámos completamente satisfeitos em relação à expetativa que tínhamos", garantiu Daniel Oliveira, que considera "particularmente feliz" terem feito regressar, no ano em que a SIC faz 30 anos, "aquele que é o programa principal deste género de programas, em que a premissa é de facto descobrir talentos que façam carreira".

O programa "Ídolos" foi para o ar pela primeira vez em 2003 e impulsionou a carreira de artistas como Luísa e Salvador Sobral, Luciana Abreu, Diogo Piçarra e Carolina Deslandes.