Miguel Azevedo protagonizou a segunda Curva da Vida da nova edição do "Big Brother Famosos". O cantor contou aos espectadores como foi a sua infância, a relação com a família e a carreira musical, que começou quando o mesmo era muito novo. A sua curva da vida ficou marcada pelas revelações que fez quanto a dificuldades económicas.

Natural de Évora, Miguel Azevedo crê ter tido uma infância "feliz", ainda que se recorde de ver o pai a "levar injeções". Estas deviam-se à esclerose múltipla de que sofria e que lhe foi diagnosticada pouco depois do nascimento de Miguel. O cantor foi assistindo à decadência do pai "ano após ano". 

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Os pais, que tinham um restaurante, tiveram de o fechar e de vender a casa. Nesta altura, a família foi viver para a casa dos avós de Miguel. "Foi aqui que começámos do zero", relembra. Mais tarde, o negócio voltou a abrir, agora com o nome "O Sonho". Mas este sonho rapidamente terminou quando, pouco tempo depois, o pai de Miguel morreu.

Ainda menor, Miguel começou a trabalhar com o intuito de juntar dinheiro para comprar o material de que necessitava para a carreira musical que ambicionava construir. O seu primeiro evento aconteceu aos 10 anos, num "bailarico" do primo, no qual todos lhe reconheciam o talento.

"Com o dinheiro das obras comprei um teclado"

Trabalhou como segurança e até nas obras. "Com o dinheiro das obras comprei um teclado", revelou. Aos 15 anos, começou a namorar. Desta relação resultaram duas filhas: Matilde e Leonor. Mais recentemente, "começou a haver um clima" com uma das suas bailarinas, Tatiana Lopes. É a atual companheira, com quem tem dois filhos, Noa e Gabriel.

Aos 35 anos, o cantor recorda o "ano muito difícil" que viveu quando eclodiu a pandemia da COVID-19. Por não conseguir dar concertos, viu-se obrigado a vender a casa. "Vivi durante este ano e meio dentro do escritório do armazém", contou.

"Chorei muita vez sozinho", afirmou, também. Miguel Azevedo sente que, nessa altura, lhe calaram a boca por não poder cantar. O que mais lhe custou, explicou a Cristina Ferreira, foi "meter" a família a passar nessa situação. "E sentir-me impotente, enquanto homem, por não lhes conseguir dar uma vida melhor", acrescentou.