Rui Pinheiro tem 31 anos, cresceu em Valongo e durante a sua infância o pai "não era uma pessoa muito presente, nem um marido". O finalista do "Big Brother" apresentou a Curva da Vida durante o diário da tarde desta segunda-feira, 27 de dezembro.
Segundo revelou, ainda que com "alguns problemas financeiros", era a mãe quem "suportava" os custos com a educação. "Acho que foi um espoletar da depressão da minha mãe [que aconteceu entre 1996 e 1997] e foi quando ela sofreu até uma paralisia facial", contou Rui, mencionando que se afastou do pai por não querer ser "uma pessoa insensível da maneira que ele era" em relação à doença da mãe.
O concorrente afirmou que a "ligação" que tem com a mãe é "muito maior" do que a que tem o pai e recordou os ataques de pânico da progenitora e de esta chorar de forma compulsiva, na cama, sem conseguir respirar. "Até hoje sempre que a vejo a chorar choro também com ela".
"Andava à procura do vazio: drogas, álcool, sexo"
Em 2008, entrou na Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra, com a consciência de que "não queria ser uma desilusão" para os pais. No entanto, rendeu-se à vida boémia da cidade dos estudantes e começou a desleixar-se nos estudos. "Não me sentia bem quando estava sóbrio", explicou ao Big Brother.
Entre os 20 e os 22 anos, começou "a utilizar algumas coisas" das quais não se orgulha. O que queria era "sair e apanhar umas mocas" e passava a semana toda em festas. Sentia-se "niilista", "à procura do vazio" e procurava refugiar-se em "drogas, álcool, sexo". "Fez com que eu começasse a ficar um bocado deprimido. (...) Estava muito magro nessa altura, quase não conseguia falar sem tossir".
Com vontade de recompor a sua vida e sair do estado depressivo, despediu-se de Coimbra e foi estudar para Lisboa, decido a "começar de novo". Em conversa com os companheiros do "Big Brother", na sala da casa da Malveira, explicou que "foi uma transformação ao longo do tempo" e mencionou períodos em que "não conseguia parar de chorar" por causa da "ressaca".
Por recear que os amigos "tivessem um corpo mais fixe" que o seu, Rui começou a dedicar-se ao "bodybuilding", o que lhe trouxe "mais foco, mais confiança e mais saúde".
Em 2016 decidiu fazer "uma mudança radical" na sua vida e rumou ao Qatar, tendo visitado vários países. "Gostava da minha vida lá", recordou, explicando que foi despedido em 2020, na sequência da pandemia.
De regresso a Portugal, acabado de sair de uma relação, frequentou o curso de desporto. No que respeita ao campo amoroso, Rui Pinheiro mostrou-se assertivo: "relações não eram para mim". O finalista do "Big Brother" contou que teve a primeira namorada antes da faculdade, mas "não estava realmente apaixonado", pelo que acabou por ser infiel, ao estar em duas relações em simultâneo. Já sobre o último namoro antes do reality show, confessou que "não estava preparado" para ser o que queria que o pai tivesse sido para a mãe.
Hoje, sente-se "mais confiante" e já não pensa "que a vida não vale a pena". Entrou no programa da TVI com o objetivo de ganhar mostrar aos colegas que "o bombado simpático tem mais que se lhe diga".