Para Débora, o tão ansiado beijo a Rui Pinheiro "foi bom", mas "soube a pouco". Aconteceu no dia de Natal, 25 de dezembro e, cerca de 24 horas depois, despediu-se do "Big Brother".

Rui nega relação, mas diz que Débora o fez sentir como "muitas pessoas nunca fizeram"
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"O que mais odeio e o que mais me faz ficar triste e desiludida nesta situação é as pessoas acharem que foi jogo, porque não foi", confessou a ex-concorrente, em declarações à imprensa, esta segunda-feira, 27. Débora sublinhou "química" entre os dois e uma "vontade extra" de se "meter" com Rui pela sua timidez. "Era giro ver eu a espicaçá-lo e ele sem jeito", brincou.

A cinco dias da final, Ana Barbosa, Débora e Rui corriam o risco de abandonar o reality show. Tanto a jovem de Cascais como o personal trainer estavam seguros de que a emigrante não seria expulsa, ou seja, a decisão final ficaria entre os dois. Segundo Débora contou aos jornalistas, esta perceção pode ter deixado Rui "mais confortável" para ceder ao aproximar dos lábios, mas, no fundo, também não compreende bem o porquê de, após tanta insistência da sua parte, só ter acontecido nesta altura. "Só falta o beijo" poderá ter sido, no seu entender, o pensamento do finalista.

Ainda assim, a ex-concorrente garantiu que "foi tudo muito sincero" e "não foi jogo". Confessou que o "beijinho era uma curiosidade" de ambos, mas acredita que "não vai passar disso". "Tenho que o conhecer", explica Débora, deixando um futuro em aberto caso Rui demonstre que, efetivamente, merece a sua "atenção", "carinho" e "amizade". "Pretendo ter uma relação estável e quero muito ser mãe", acrescentou.

Apesar de ter manifestado um evidente interesse por Rui desde o início do jogo, Débora partilhou com a imprensa que, ao longo dos três meses, se foi apercebendo que este tinha "coisas mal resolvidas", a nível amoroso. "Senti que isso podia ser uma dificuldade para ele, de querer estar mais próximo de mim", referiu. Outro entrave à aproximação de ambos foi, na sua perspetiva, os atritos entre a jovem e os restantes moradores da casa da Malveira.

No entanto, a dupla marcou esta edição do "Big Brother" e nas redes sociais foram, desde cedo, apelidados de "RuDe". "Estávamos muito ligados um ao outro. (...) Dei-lhe algum destaque. (...) Se não fosse eu, a meu ver ele não tinha chegado tão longe, porque é a maneira dele ser", afirmou Débora, esclarecendo que nenhum dos dois é "melhor", mas Rui tem uma personalidade mais "low profile". A ex-concorrente recordou que aconselhou o colega a ser mais opinativo e considera que, se este se tivesse mantido num registo mais calado, "já tinha saído". "Realmente, ele floresceu", ressalvou.

"Praticamente todos os dias eu pensei no João"

"Com o tempo, virão algumas respostas" em relação a Rui Pinheiro. Para já, o irmão, Mateus, e o sobrinho são os "amores" da sua vida. Além disso, há um ex-concorrente que Débora tem "muita curiosidade" em conhecer: João Ligeiro.

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A dada altura, no jogo, o jovem de Benavente começou a sobressair aos olhos de Débora, mas acabou por abandonar a casa do "Big Brother" e mal tiveram tempo de se conhecer. "Acho que se ele tivesse lá ficado, até mais facilmente me teria aproximado do João. É uma pessoa, a meu ver, muito sincera", contou, em conferência de imprensa, sublinhando que já teve o aval positivo do irmão em relação ao ex-concorrente.

"Praticamente todos os dias eu pensei no João", afirmou. Recorde-se que, enquanto ainda estava na casa, o ex-jogador de andebol garantiu que não se importava de dar "uma trinca" a Débora. Em conversa com os jornalistas, a ex-concorrente recordou esse momento: "Teve atitude e eu gosto de pessoas com atitude".

Débora, João e Rui
créditos: Instagram

"O que eu já passei foi muito mais complicado do que o 'BB'"

Débora cresceu com a avó e conheceu o pai em 2021. Na infância, a relação com a mãe foi pautada por episódios de toxicodependência. Em conferência de imprensa, a jovem confessou que sentiu falta do "amparo" dos pais e alguns dos seus "medos" em criança, marcaram a sua "personalidade". "Tive realmente muito falta de colinho, de apoio. (...) Toda eu me construí muito sozinha".

Aos amigos, refere-se como a "família" que não teve. Ainda assim, sente "orgulho" na pessoa que é hoje e, olhando para trás, consegue perceber que o "trabalho" sempre foi o seu "escape". "Foi aí que consegui ter sempre este sorriso no rosto e nunca ir buscar os problemas, procurar sempre as soluções."

Antes de entrar no "Big Brother", cuidava da avó, que sofre de Alzheimer, num estado "bastante avançado". Quando saiu do jogo, teve conhecimento de que esta esteve três semanas hospitalizada, na sequência de uma queda, em casa e que o cenário "não está famoso".

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Em declarações à imprensa, contou que é a mãe que tem assumido os cuidados da avó e mostrou vontade de abraçar as duas. Segundo Débora, a progenitora "cria uma resistência" a nível afetivo, mas a jovem acredita que a participação no reality show contribuiu para que conhecesse melhor a filha. "Espero que ela quebre aquelas barreiras todas que só existem na cabeça dela e que agora ainda esteja mais orgulhosa".

Quanto ao pai, referiu um "distanciamento natural" nos últimos tempos, muito devido às restrições impostas pela pandemia. "Uma relação tem que ser construída", disse, mostrando-se "de braços abertos" e pronta para o "ajudar" — porque este, segundo a própria, tem uma vida marcada por instabilidade.

A sua experiência de vida deu-lhe uma "bagagem" que, na casa, os colegas "nunca conseguiram entender". "Por isso é que eu acho que estava ali firme e muito resistente e preparada ainda para mais uma mês. Porque tudo o que eu já passei para trás foi muito mais complicado do que três ou quatro meses no 'Big Brother'."

"Faltou-me bater mais o pé e levantar um bocadinho mais a voz"

Sobretudo nas últimas semanas do "Big Brother", Débora foi, com frequência, acusada pelos colegas. "Fazer jogo", "não ser sincera", "ser falsa" e "forçar" são as principais "críticas" de que se recorda. "Foi muito duro. (...) Já estava um bocadinho saturada de me estarem sempre a mandar para baixo", confessou.

Ainda assim, tentou ver "o copo meio cheio" e acreditou que o "protagonismo" que, sem solicitar, estava a receber, lhe podia trazer benefícios no jogo. Os aviões que ia recebendo e as sucessivas salvações deram-lhe "força para continuar".

Durante a conferência de imprensa, Débora descreveu-se como "modesta", "realista" e "sensata", mas foi assertiva: "Se calhar faltou-me bater mais o pé e levantar um bocadinho mais a voz."

Quanto ao futuro profissional, revelou bastante interesse em estar, novamente, envolvida num reality show, quer como concorrente, quer como comentadora. Apesar de ter ficado "triste" com a saída do "Big Brother" a cinco dias da final, Débora sente-se "vencedora" e garantiu que foi "sempre genuína".