Sofia foi a participante expulsa do "Big Brother - A Revolução" este domingo, 29 de novembro. Em entrevista à imprensa, via Zoom, a hospedeira de bordo fez o balanço da sua prestação no reality show da TVI. Admitiu que manteve uma postura mais serena, mas muito igual àquilo que é a sua personalidade fora do jogo. Revelou ainda alguns pormenores pessoais, relacionados com a família, com o relacionamento que mantém há sete anos e, também, explicou porque é que já esteve para morrer várias vezes.
"A minha estratégia era não ter estratégia", começou por frisar Sofia. "Deixo as coisas fluírem e nem todas as pessoas podem aparecer ao mesmo tempo. Se calhar, isso fez com as histórias da minha vida não aparecessem tanto", acrescentou, referindo-se ao facto de ser apelidada de "planta" no jogo.
Ainda assim, a ex-concorrente garante que teve um papel ativo no jogo. "Partilhei a minha vida, mas simplesmente não era a mim que os portugueses queriam ver mais dentro da casa", referiu, explicando que sempre contou episódios da sua vida, tais como aqueles em que se viu em situações de morte iminente.
"Quando tinha 15 dias de vida tive uma paragem respiratória e a minha mãe levou-me para o hospital. Tive outra situação, aos 22 anos, em que fui feita refém num autocarro, com uma arma apontada à barriga e ninguém podia sair. Fomos todos assaltados, mas ninguém morreu. Tive também um cisto nos ovários e tive de ser operada de urgência. Passei quatro dias com dores, o médico disse que me salvei por uma unha negra", contou Sofia, admitindo que tem uma vida repleta de experiências para partilhar.
Histórias de vida que Sofia confessa terem ficado um pouco para segundo plano, tendo em conta que acabou por estar mais envolvida no jogo de Pedro. "Tentei até criar alguma empatia com o Pedro. Gosto muito de me dar e de entender as pessoas. Infelizmente, percebi que não podemos ser amigos de todos e as atitudes e os comentários dele desagradavam-me. Tentei que houvesse uma boa comunicação, mas não conseguimos. A única coisa que eu estava a tentar fazer foi uma relação de colegas, pois não tínhamos a mesma perceção de amizade ou de espaço", explicou.
"Na primeira noite, nem sequer conhecia bem o Pedro e acordei com ele a puxar-me o pé dentro da cama. Senti-me assediada de uma maneira que nunca senti na vida por ninguém. Explicava-lhe que não me sentia confortável e ele parecia não ouvir. Ele sentia que a confiança que eu lhe dava era para fazer o que quisesse", afirmou.
Assim, Sofia garante que aprendeu a respeitar a opinião do ex-colega. "Só ele sabe o que sente, o facto é que eu gostava de ter tido uma relação de amizade e, infelizmente, isso não aconteceu. O que é certo é que me senti desconfortável várias vezes e não fui a única", atirou a hospedeira de bordo.
Doença, divórcio e relacionamento à distância
Sofia aproveitou para contar como foram os momentos antes de entrar na casa do "Big Brother - A Revolução, que revelou não terem sido fáceis devido à pandemia, mas também por questões familiares. "A minha avó teve de ser ostomizada e esteve cinco dias no hospital. Os meus pais viram-se os dois a cuidar de uma senhora de 91 anos. No Brasil, onde também já existia COVID-19, a minha mãe tinha de estar sempre no campo de visão da minha avó", disse.
"Em casa, dormia numa cadeira apenas durante alguns minutos, porque a minha avó queixava-se das dores. A minha mãe tornou-se a enfermeira da minha avó. Agora, já está recuperada, mas continua a precisar de ajuda da mãe", explicou, acrescentando que esses tempos não foram fáceis, em que se viu impotente devido à distância. Os familiares chegaram a Portugal em setembro e só privou com eles apenas dois dias, depois entrou para o reality show.
Questionada sobre uma relação antiga, em que chegou mesmo a casar, a ex-concorrente foi perentória. "Ficámos noivos muito cedo e queríamos casar na praia. Quando chegou altura, eu disse-lhe que não estava feliz. Ele mudou um pouco o comportamento, mas percebi que foi apenas uma mudança para me manter", admitiu. Dentro da casa, chegou a revelar que o companheiro tinha três vícios: o jogo, a pornografia e um que preferiu não dizer.
Agora, a hospedeira de bordo quer rever Rodolfo, o companheiro com quem mantém um relacionamento há cerca de sete anos. "Ele conhece-me muito bem e sabe quem sou. Mora no Dubai, portanto é difícil estar com ele agora. Mas ele virá cá, tenho a certeza. Já me mandou muitas mensagens, mas ainda não consegui ler todas. Como esperava, são mensagens muito amorosas", confessou.
"Em fevereiro, decidimos acabar a relação, mas ambos sentimos que vamos reatar. Ele fazia um voo e depois tinha de estar 15 dias em quarentena. As distâncias eram grandes e eu ia entrar no 'Big Brother'", explicou Sofia, apontando os motivos pelos quais ambos decidiram fazer uma pausa na relação.
Para além disso, a ex-participante do programa da estação de Queluz de Baixo ainda afirmou que agora quer passar algum tempo com a família, descansar e aproveitar para se dedicar aos dois projetos que mantém na internet. O "Mala de Cabine" é o blog no qual escreve sobre viagens e o "Merda de Site" é o espaço para fazer os mais variados desabafos.