O desafio do "Big Brother Famosos" terminou este domingo (3) para Virginia López. Expulsa com 89% da votação do público, a escritora e jornalista teve de abandonar a casa mais vigiada do País. Já cá fora, conversou com os jornalistas quanto à experiência, as amizades (e inimizades) e a lesão que sofreu no joelho.

Ao contrário dos outros colegas, Virginia entrou mais tarde no jogo, uma semana depois do começo do programa. Para a escritora, nomeada na noite em que chegou, "essa semana fazia diferença", nomeadamente devido às alianças que já se encontravam formadas e a toda a cumplicidade já existente.

"Big Brother Famosos". Virginia López é expulsa da casa mais vigiada do País com 89% dos votos
"Big Brother Famosos". Virginia López é expulsa da casa mais vigiada do País com 89% dos votos
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No vídeo de apresentação, visto pelos espectadores e pelos concorrentes, a jornalista escolheu Nuno Graciano como a pessoa com quem poderia ter menos afinidade. "A primeira pessoa que me vem à cabeça é o Nuno Graciano. É a pessoa que está mais afastada da minha forma de ver a vida", disse.

"Ele é que mudou de opinião em relação de mim. Afinal, quem tinha preconceito, se calhar, era ele"

Por esta declaração, a relação entre ambos começou com o pé esquerdo — e acabou por não melhorar. Para Virginia, "a relação era superficial", já que não teve "nem uma mudança, nem uma confirmação" quanto à ideia pré-concebida com que entrou relativamente a Graciano.

"Ele é que mudou de opinião em relação de mim. Afinal, quem tinha preconceito, se calhar, era ele", apontou. Também por ser jornalista, admite interessar-se "muito por temas políticos". Considerou que talvez tivessem "uma forma diferente de ver o mundo" e, por isso, tinha uma "curiosidade genuína de poder debater alguns desses temas com ele".

Tal não aconteceu, já que Nuno Graciano acabou por rejeitar abordar certos tópicos dentro do programa quando desafiado por Virginia, que acha que "ele, efetivamente, passa muito tempo a descansar e menos a conversar". Mesmo que a afinidade com o Tio Careca não tenha sido tanta, Virginia destaca a amizade que cultivou com Marco Costa.

Gostava que o pasteleiro fosse o vencedor do jogo, ou até Marie. "O mais valioso do Big Brother é, muitas vezes, o que não se vê", considera, fazendo um "balanço muito positivo" desta experiência na qual "era improvável participar". "Não foi sair da minha zona de conforto. Foi perder de vista a minha zona de conforto", explica.

"Teria sido muito mais fácil eu, no sábado, ter feito as malas"

Foi "viver com a maior transparência e verdade possível" num lugar onde são vigiados e onde "as coisas mudam quase de 10 em 10 minutos, sobretudo a nível das emoções". A jornalista diz que ainda está a "digerir" tudo e que aproveitou para tirar "apontamentos e ideias", quem sabe, para um próximo livro. "Eu desafiei-me. Superei-me em todas as semanas", crê.

O maior desafio foi mesmo a lesão que sofreu no joelho na passada semana e que a obrigou a ser vista por um médico fora da casa, no hospital. Regressou de muletas e com ordens para "repouso absoluto". "O inchaço era muito grande", recorda, referindo que, de quinta-feira a sábado, não pousou o pé no chão.

A hipótese de ter de ser operada está em cima da mesa. "Aqui começa o seu calvário" foi o que ouviu do médico que a avaliou. Virginia defende que teria passado a semana "de forma diferente" se esta lesão não tivesse acontecido. "Tive de aprender a ser vulnerável, a deixar-me cuidar, a ter paciência".

"Se não tivesse colocado dentro de mim todo o pensamento positivo, eu não teria conseguido aguentar tão bem", acha, acrescentando: "Teria sido muito mais fácil eu, no sábado, ter feito as malas". Destaca a ajuda de Marco na recuperação e considera que este percalço poderá ter estado na origem da expulsão — mas não só.

"Todas as pessoas sentem as nomeações. Podem dizer que não sentem, mas não é verdade"

Admite também a possibilidade de o público não ter gostado do seu mais recente desempenho. "Se calhar, acharam que eu estava a reagir de forma menos boa a uma nomeação". Mas frisou: "Todas as pessoas sentem as nomeações. Podem dizer que não sentem, mas não é verdade".

"Aqui, a questão não é as nomeações, não é o nome que escreves no quadro. São as justificações, é o argumento utilizado", elaborou, como motivo para o desconforto pós-nomeações. "A única validação que nós temos do amor do outro é, efetivamente, a nomeação". A jornalista disse não gostar quando os fãs de outros concorrentes se organizam para expulsar alguém.

Vê a relação de Bruna e Bernardo, desde ontem oficial, como uma "telenovela dentro do Big Brother, com capítulos". Embora Bruna insista em ser "muito cuidadosa com a imagem que quer passar cá para fora", Bernardo já estaria disposto a ir mais longe. "Eu tenho a certeza de que os colegas lá na casa então à espera do polegar para cima. Não sei se vai acontecer, sinceramente".