O novo universo de espiões “Citadel” está a dominar o mundo - e, apesar de termos os famosos maus da fita como em todo o lado, esta dominação é no bom sentido. Depois do enorme sucesso da série homónima norte-americana lançada em 2023, onde Richard Madden e Priyanka Chopra Jonas mostraram ao mundo o que é ser um espião, o universo “Citadel” expandiu-se para mais duas séries, e não há nada melhor do que uma nova produção cheia de ação, mistério e comédia a chegar a todas as televisões.

Vimos o primeiro episódio de “Citadel: Diana” com o elenco e tivemos um vislumbre do (possível) futuro de Itália
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Depois da tão aguardada “Citadel: Diana”, que estreou na Prime Video a 10 de outubro e que, desde aí, está no top das séries mais populares da plataforma de streaming, vai chegar ao pequeno ecrã no dia 7 de novembro “Citadel: Honey Bunny”, mais uma série deste universo que pretende mostrar o lado mais humano e aterrorizante de um espião treinado para manter toda a população em segurança.

No entanto, antes de lá irmos, é preciso clarificar o que é, afinal, a Citadel - que é nada mais nada menos do que uma grande organização de espiões espalhada por todo o mundo.

A primeira série deste mundo é “Citadel”, uma produção dos irmãos Russo que nos dá a conhecer uma organização de espiões que não está vinculada a nenhum país, e que tem como único objetivo assegurar a proteção de todos os cidadãos do mundo e de combater a Manticore, os tão conhecidos maus da fita. É aqui que conhecemos Nadia (Priyanka) e Mason (Richard), que têm uma complicada e bonita história de amor, mas que só se lembram dela oito anos depois, quando inclusive já têm uma filha em comum. Depois, estreou “Citadel: Diana”, a segunda série deste universo que se passa no futuro, mais concretamente no ano de 2030 em Itália.

Aqui, está claramente estampado aquilo que o universo Citadel quis trazer para o streaming: um mundo com vários mundos lá dentro e cada um interpretado à sua maneira, pois se Citadel não pertence a um só país, é porque pertence a todos os países. Não vamos avançar muito na história de “Citadel: Diana”, até porque temos as entrevistas ao elenco e a crítica ao primeiro episódio já disponíveis, mas o mote de tornar a Citadel universal começa aqui. 

Assim, com estreia já no próximo dia 7 de novembro, “Citadel: Honey Bunny” vem dar a conhecer o passado da Citadel e, mais concretamente, o passado de Nadia, a personagem principal da série norte-americana, passando-se nos anos 90. E como? “Citadel: Honey Bunny” vai mostrar ao público os pais da personagem de Priyanka Chopra Jonas, o seu amor e as suas desavenças, tudo misturado com a alegria do Bollywood e a forte cultura indiana. “Quando o duplo Bunny recruta a jovem atriz Honey para um trabalho secundário, são lançados num mundo de ação, espionagem e traição. Anos mais tarde, quando o seu passado perigoso os apanha, Honey e Bunny têm de se reencontrar e lutar para proteger a sua filha Nadia”, lê-se na sinopse. 

No entanto, não pense que só de ação se faz esta série. A componente humorística também está bem presente, uma vez que os produtores Raj Nidimoru e Krishna DK são conhecidos exatamente por isso. À MAGG, aquando da exibição do primeiro episódio em Londres, no passado mês de setembro, Raj Nidimoru confessou que não quiseram ver esta série como algo que está dentro de um universo, exatamente para terem a liberdade de poderem brincar com as mais variadas situações. 

“Decidimos não pensar nisto como algo que já existia, e isso tornou tudo mais fácil. Foi uma espécie de tela branca para nós, e isso sim é algo a que estamos habituados. Começámos a escrever e a desenvolver a série tendo sempre a noção de que existe todo um universo fora dela, e tentamos conectarmo-nos com ele das mais diversas maneiras, mas fora disso nós focamo-nos sempre mais na nossa história. Olhámos para isto como um drama e depois a ação veio gradualmente, sem perder a comédia pelo qual somos conhecidos”, explicou. 

Ainda assim, o risco era grande, uma vez que algumas das personagens que aparecem em “Citadel: Honey Bunny” já são conhecidas por terem feito parte de “Citadel”, e com este pormenor é sempre impossível desapegar a 100% do universo por inteiro. Dois desses casos são, claro, Nadia, mas também o seu pai, Bunny (interpretado por Varun Dhawan), que é retratado na série norte-americana como um terrorista. E porquê? Terão de esperar para ver. Além disso, algo que surpreende neste caso é que Bunny foi criado de propósito para esta série, e só depois é que decidiram incorporá-lo na produção norte-americana.

“Nós sabíamos como era este universo e decidimos que a nossa história seria a história dos pais da Nadia. A série norte-americana escreveu uma Nadia muito forte, então tínhamos de ter isso em conta e dar-lhe a infância que eventualmente faria com que ela se tornasse na pessoa que é. Mas quando falamos do pai da Nadia falamos de um caso diferente, porque nós é que criamos a personagem. Foi tudo pensado no facto de ele ser bom ou mau, fazer as coisas certas ou não, e só depois entrou no mundo da Citadel. Eles ainda o chamam de terrorista na série norte-americana, e temos de esperar e ver o porquê nesta série”, explicou Krishna DK.

No entanto, falta uma peça fundamental nesta história: Honey. Protagonizada por Samantha Akkineni, esta é uma mulher que aparenta quase ter duas caras, uma vez que a conhecemos quando era mais nova, exatamente quando se apaixona por Bunny, e depois mais velha, quando já é mãe de Nadia e uma mulher guerreira. “Eu diverti-me muito a fazer de uma atriz em problemas porque também eu sou atriz, e o facto de poder fazer algo como uma má representação foi muito engraçado”, começou por dizer à MAGG. 

“Mas, mais tarde, a Honey é mãe, está a fugir, é muito protetora da sua filha, então é quase como se fossem duas pessoas diferentes mas não são, apenas foi a vida que se meteu à frente. Era uma menina cheia de sonhos e objetivos, mas a vida aconteceu e algumas escolhas foram feitas que a fizeram ficar diferente, fizeram-na ficar mais rija. Mas ao mesmo tempo ela acaba por receber aquilo que a vida lhe dá com gratidão e muita força, e isso é muito especial, ela é uma mãe dura mas o telespectador sente o amor. É uma incrível história de sobrevivência”, acrescentou Samantha.

A série indiana promete, assim, ser uma lufada de ar fresco para todos os fãs de séries de espiões que estão fartos dos mesmos padrões. Com a junção de Hollywood e Bollywood, a mistura da comédia com as cenas mais perigosas e o amor e o ódio a serem os protagonistas, “Citadel: Honey Bunny” vem para mostrar ao público que as produções indianas também podem ser boas, e que este universo poderá abrir portas para muitas mais. 

“Sempre fomos muito orgulhosos do facto de sempre termos feito um filme que engloba todo o país, com personagens do sul da Índia, do norte, do este, de todo o lado, e este projeto não é diferente. Acho que isto somos nós a produzir uma série cheia de drama dentro de um universo norte-americano, mas a mostrar um ângulo indiano, e vamos ver como é que a audiência o aceita. Se o fizerem de uma forma positiva é, sem dúvida, um grande passo para nós”, rematou DK.