Seja para um pedido de casamento inesquecível e romântico, seja apenas ir ao topo do mais emblemático monumento de Paris, a partir de 16 de julho já vai poder fazê-lo. A Torre Eiffel vai voltar a receber visitantes, embora o monumento esteja numa situação bastante precária. Segundo o presidente da Sociedade de Exploração da Torre Eiffel (SETE), Jean-François Martins, os fundos próprios da campanha "não são suficientes" para fazer face às despesas previstas, depois estar fechada há mais de oito meses devido à pandemia da COVID-19.
O presidente adianta ainda ao jornal francês "Le Fígaro" que vai ser necessário injetar "várias dezenas de milhões de euros" para recuperar da crise pela qual o monumento está a passar. As ações da Torre Eiffel estão divididas entre o município de Paris (99% do capital) e a Autoridade Metropolitana (1%), a quem já foi pedido um reforço de capital. Esta injeção de capital já vai permitir aliviar a situação, que não deverá ter impacto a longo prazo. O presidente da SETE diz mesmo que o emprego dos 350 trabalhadores não está em causa.
Jean-François Martins lamenta o facto de "o monumento que encarna a França no mundo não tenha tido uma ajuda estatal específica" até ao momento, tendo apenas contado com uma ajuda estatal no valor de 25 milhões de euros.
Apesar da situação precária da Torre Eiffel, os visitantes vão poder subir de novo ao monumento para admirar a cidade, mas vão ter de cumprir com as regras de segurança de proteção à COVID-19. Todos os pisos estarão abertos, exceto algumas zonas onde estão a decorrer obras. Além disso, ao contrário do habitual, em vez da média de 25 mil visitas diárias, no monumento francês apenas vão poder entrar 10 mil pessoas.
Esta segunda reabertura, depois de ter retomado atividade a 25 de junho do ano passado após o primeiro confinamento, está marcada para 16 de julho, mas os bilhetes podem ser comprados já a partir de 1 de junho. Os bilhetes custam a partir de 10,50€ para adultos (2,60€ para crianças dos 4 aos 11 anos).