Quem nunca viu aquela publicidade clássica das crianças mega felizes a comer os seus cereais de pequeno almoço com leite, rodeadas de uma família linda, sorridente e com aspeto saudável? Eu já e acho que vocês provavelmente também.
Mas atenção, nem tudo o que parece é. Os cereais de pequeno almoço são uma refeição simples, rápida e saborosa, isso não podemos negar, mas, infelizmente está longe de ser um pequeno almoço saudável e nutritivo. Para além de super processados, contêm uma baixa quantidade de fibra e alta quantidade de hidratos de carbono de absorção rápida, bem como açúcares. Resumindo, vocês comem, ficam saciados e passado pouco tempo, voltam a sentir fome e provavelmente alterações de humor, uma vez que o aumento e queda repentina dos níveis de açúcar no sangue têm este “pequenino” efeito secundário.
Se por si só a ingestão destes alimentos poderá ser considerada ruinosa, ter este tipo de alimentos como base da nossa alimentação é uma catástrofe. O nosso corpo não está de todo fisiologicamente programado para lidar com estas altas doses de açúcar logo pela manhã. Pensemos: ficamos em média (ou deveríamos ficar) 12 horas sem comer e repentinamente “absorvemos quilos” de açúcar para o nosso corpo. Obviamente que tem tudo para correr bem – ou não – ironias à parte, a probabilidade de ficarmos doentes com este tipo de hábitos é muito, muito grande. Durante a manhã, o organismo está mais sensível à insulina ao escolhermos alimentos ricos em açúcar, desencadeamos um pico da mesma, desequilibrando o bom funcionamento do nosso corpo.
Posto isto, passemos então aos ingredientes a evitar nos cereais de pequeno almoço. Existem milhares de opções nos supermercados e obviamente que há opções melhores que outras. Para uma boa seleção do produto ideal, é imperativo que estejamos atentos às pequenas armadilhas que a indústria alimentar nos coloca. Em primeiro lugar os açúcares “camuflados”, isto é, aqueles que À primeira vista não o aparentam ser: maltodextrina, xarope de milho, xarope de arroz, maltose, frutose, glicose, glucose, dextrose, dextrina, sacarose, xarope glucose-frutose, oligossacarídeos, etc.
Passada a fase dos açúares, seguimos para os óleos: óleos vegetais (palma, soja, palmiste e girassol), que são ricos em ómega 6 e super inflamatórios. Por fim, muita atenção aos famosos “dietéticos”, “sem calorias” etc, ricos em adoçantes, que apesar de diminuírem o valor calóricos dos cereais vão provocar grandes alterações na vossa microbiota.
O ideal é não consumirem de todo este tipo de produtos, mas se a vontade for muita e quiserem “pecar” não consumam logo pela manhã depois de tanto tempo sem ingerir nenhum alimento.