A adidas lançou com grande impacto os novíssimos ténis (leia sapatilhas, se estiver a norte) Supernova Rise, indicados para corredores de distâncias curtas e médias e que chegam ao mercado com dos mais confortáveis de sempre. Mas será que é assim? E portam-se bem em treinos? E com chuva? Fomos testá-los e levá-los a alguns limites.
Um dos primeiro obstáculos de quem quer começar a correr, gosta de correr mas faz distâncias curtas, ou não é um corredor muito regular, é encontrar as sapatilhas mais indicadas. Há demasiados aspetos técnicos que influenciam a escolha perfeita, mas a verdade é que as marcas têm feito um caminho para normalizar os sapatos de corrida e poupar a esse conhecimento técnico como saber o tipo de passada (pronador, supinador ou neutro), ou procurar uns ténis mais adequados aos objetivos (correr mais rápido, durante mais tempo). Na verdade, o que quase todos os corredores não-profissionais procuram são uns ténis confortáveis e competentes.
Talvez tenha sido esse o pensamento por detrás da criação dos novos Supernova Rise, e dizemos talvez porque a própria adidas encomendou um estudo junto de várias comunidades de corredores do mundo inteiro e percebeu que a razão número 1 que leva a queixas é o desconforto das sapatilhas.
A primeira vez que calçámos as Supernova Rise percebemos imediatamente onde é que a adidas queria chegar. Os ténis são muito leves e altamente confortáveis. Calçar uns Supernova Rise ou umas pantufas para andar na rua vai dar ao mesmo. Mas fomos testá-los depois em ambiente de treino.
As sensações foram sempre de enorme conforto, com um tecido têxtil muito maleável e sem sensações de desequilíbrio na sola, o que acontece muitas vezes com ténis de performance, mais indicados a corredores experimentados. A nova sola criada para os Supernova é a Dreamstrike + (a tradução é qualquer coisa como "passada de sonho +", faz sentido), que é uma evolução da antiga sola Lightstrike Pro, usada na linha Adizero. A ideia desta evolução é precisamente a de melhorar o conforto dentro da sapatilha e a sensação de amortecimento, que é excelente. Há aqui outra tecnologia que proporciona estas sensações, a Support Rods. Resumidamente, isto é uma área de suporte com uma espuma de maior densidade na base da entressola, que dá uma grande estabilidade à sapatilha, desde o calcanhar até à ponta do pé, o que faz com que a passada se torne mais neutra.
Mesmo em ambiente de chuva os Supernova Rise portaram-se muito bem. A sola manteve o máximo de aderência, os ténis nunca patinaram nem ensoparam (embora fosse uma chuva ligeira). E a sensação de conforto e amortecimento máximos manteve-se sempre estável.
Aspetos também muito valorizados pelos corredores: as cores. Existem várias no mercado (é ver aqui), para quem gosta de ténis mais claros, escuros ou coloridos. Outro: o preço. Os Supernova Rise têm um PVP de 150€, o que os situa abaixo de umas sapatilhas mais profissionais, e perfeitamente dentro dos valores de mercado de uns ténis de corrida.
A avaliação global deve ser sempre feita de acordo com o objetivo e o tipo de corredor/cliente. Se é um corredor que gosta de fazer provas de 5, 10 km, que treina 3 ou 4 vezes por semana, e, de vez em quando, uma, duas vezes por ano, gosta de se esticar e ir a uma meia-maratona, os Supernova Rise são do melhor que vai encontrar no mercado, e tem aqui sapatilhas para 2 ou 3 anos.
Se é um maratonista, faz treinos regulares longos acima de 20 km, treinos de séries, fartlek, se gosta de uma corrida mais técnica, testar-se ao limite, talvez sinta necessidade de uma sapatilha mais de acordo com a sua passada.
Mas, no geral, temos vencedor.