Um homem de 37 anos, agente da Polícia de Segurança Pública (PSP), foi detido depois de ser acusado de abuso sexual. O agente, colocado numa esquadra na zona da Amadora, está acusado de três crimes de abuso contra a sobrinha de 12 anos, diagnosticada com autismo.

Os crimes terão decorrido no Natal de 2021, de acordo com o "Correio da Manhã", e o agente da PSP ter-se-á aproveitado do facto de a menina estar a viver com a tia materna. Nos momentos em que, alegadamente, a apanhou a sós, tocou-lhe nos orgãos sexuais e nas mamas, e ainda terá tentado beijar a menor.

Para garantir que a criança não falava, dizia que qualquer denúncia deixaria a mãe triste. No entanto, já em dezembro deste ano, e após uma discussão do homem com a mãe da menina, a menor acabou por acusar o tio dos abusos.

A mãe da criança dirigiu-se de imediato ao piquete da Polícia Judiciária (PJ) de Lisboa para apresentar queixa.

Polícia nega acusações

Após a denúncia da mãe da criança, uma brigada de inspetores da secção de crimes sexuais da Polícia Judiciária dirigiu-se à esquadra da PSP na quarta-feira, 15 de dezembro, para deter o agente. No entanto, a hierarquia desta força de segurança já estava ao corrente do caso, tal como avança o "CM".

Isto porque, no decorrer da investigação do caso por parte da PJ  — que conduziram exames periciais à vítima e recolheram declarações —, a hierarquia direta do polícia foi informada do caso.

O piquete da PJ chegou à esquadra da área da Amadora ainda antes do fim do turno deste agente, mas terá esperado que o mesmo se desfardasse para o deter. O polícia foi então presente a tribunal, onde negou os factos e assumiu ser "alvo de cabala" por parte da mãe da menor de 12 anos. Está em prisão domiciliária a aguardar julgamento e suspenso de funções, por ordem policial.