"Rabo de Peixe" está no top mundial das séries mais vistas na Netflix e, além do desempenho de atores como José Condessa, Helena Caldeira e Pêpê Rapazote, há um protagonista, ou melhor, uma protagonista, que está a dar que falar. Trata-se de Killa, a cadela que dá vida a Sky, o animal de estimação de Eduardo, protagonista da história. Mas até chegar à ficção, este animal não teve uma vida fácil.

Sky chama-se na realidade Killa e, antes de participar em “Rabo de Peixe”, vivia num canil, em Ponta Delgada, na ilha de S. Miguel, nos Açores. Foi através de uma publicação na rede social Facebook que a dona se apaixonou e decidiu resgatá-la.

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“Adotei a Killa há dois anos num canil em Ponta Delgada. Estava no Facebook e vi na página do canil a foto de uma cadela que me tocou imenso. Estava cabisbaixa, magra, tinha um olhar triste e nem sequer tinha nome. Era o número 18871. Houve qualquer coisa que me tocou e pensei ‘tenho que tirar esta cadela do canil’”, referiu Sara Varatojo, dona do animal, em entrevista ao jornal “Público”.

A cadela viajou de Ponta Delgada até Lisboa, onde mora a dona. O objetivo era tratar dela, na empresa de pet sitting, da qual é proprietária, para depois ser adotada, mas isso não chegou a acontecer e Killa teve de ficar com Sara.

“No início ficou cá em casa durante algum tempo, mas começou a atacar os meus três outros cães para me fazer proteção de guarda e agora vive com um familiar meu. É muito tranquila, inteligente, afável e meiga. É dos cães mais doces que já conheci. Também se dá bem com outros cães desde que não sejam os meus”, contou Sara ao “Público”.

De Killa para Sky em “Rabo de Peixe”

Killa desde cedo que demonstrou ter motivação para aprender os famosos truques para cães, como o sentar, o girar para a esquerda e para a direita ou o saltar para os braços. Por isso, quando Sara foi contactada com um pedido para que um Fila de São Miguel fosse a um casting, ela não hesitou.

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“Pediram para ela ladrar ao comando, ou seja, ladrar quando eu digo ‘fala’ ou ‘guarda’, mostrar truques, ver se era sociável ou não e como reagia a estranhos. Também a analisaram fisicamente, porque sendo muito honesta, em televisão a estética tem muita importância”, revelou a dona.

Para esta cadela, as gravações não foram um problema. “A Killa gosta de estar na floresta e na praia. Nos Açores teve as férias da vida dela. Não gravava muitas horas e os takes demoravam à volta de cinco minutos, por isso, depois de gravar íamos sempre passear”, acrescentou Sara.

Para Sara, os cães resgatados também podem ser animais como muito potencial, que podem chegar muito longe, como é o caso de Killa. “Esta cadela é a prova que os animais adotados conseguem fazer tudo e chegar longe. Tenho mais dois cães resgatados, um só tem um olho, e chegou a uma telenovela [Bem Me Quer, da TVI]. São a prova que a beleza não é tudo e que comprar cães de raça também não”, afirmou Sara Varatojo.