O mundo ainda não recuperou do tiroteio em massa na escola de primária de Robb, em Uvalde, no estado do Texas, nos Estados Unidos, que provocou a morte de 19 crianças, e um segundo ataque esteve quase a acontecer. Os agentes da polícia de Richardson receberam esta quarta-feira, 25 de maio, pelas 10h55 (16h55, em Lisboa), um alerta de que um jovem estaria a encaminhar-se em direção à escola secundária de Berkner armado e ocorreram de imediato ao local. O ataque não chegou a acontecer e os agentes acabaram por deter o suspeito após investigações.
O relato que deu o alerta dizia que o jovem estaria na posse de uma espingarda, mas quando as autoridades chegaram ao estabelecimento e identificaram o suspeito, um estudante adolescente da escola secundária de Berkner que se encontrava dentro do estabelecimento de ensino, constataram que este não estava na posse de qualquer arma.
As buscas continuaram e duas armas, uma AK-47 e uma AR-15, foram posteriormente encontradas dentro do veículo do jovem que estava estacionado junto à escola, refere o Departamento da Polícia de Richardson num comunicado publicado no Twitter esta quarta-feira, 25.
O suspeito acabou por ser detido e acusado de porte ilegal de armas numa zona escolar livre de armas, que é um crime de prisão estadual, avança a "Global News".
Se o ataque preparado pelo jovem estudante da escola secundária de Berkner tivesse mesmo avançado, seria o segundo numa escola em menos de 24 horas. Esta terça-feira, 24, um outro massacre aconteceu em Uvalde, no estado do Texas, a 370 quilómetros da escola de Berkner, no mesmo estado, que vitimou 21 pessoas.
É já o segundo assassínio em massa nos Estados Unidos em menos de duas semanas — o último foi a 14 de maio num supermercado na cidade de Buffalo, em Nova Iorque, onde 10 cidadãos afro-americanos foram assassinados. Os últimos acontecimentos têm levado a uma onda de revolta e a apelos para limitar o acesso a armas nos Estados Unidos.
Desde 2013 já morreram 140 crianças entre os 0 e os 11 anos e 507 adolescentes entre os 12 e os 17 anos em tiroteios, segundo a base de dados norte-americana Gun Violence Archive.