Os Brit Awards, prémios da indústria musical britânica, vão abolir a distinção por género das suas categorias. Assim, em vez de existirem prémios, em separado, para Melhor Artista Masculino e Melhor Artista Feminina, passa a existir uma categoria única: a de Melhor Artista.
A nova medida já vai ser aplicada para a próxima cerimónia, que acontece a 8 de fevereiro de 2022, na O2 Arena, em Londres.
No entanto, os Brit Awards não são os primeiros a acabar com a distinção por género nas cerimónias. Os Grammys adotaram esta medida em 2012, os MTV Awards fizeram-no em 2017 e os ARIA Awards (prémios australianos) seguiram o exemplo este ano.
O diretor dos Brit Awards e co-presidente da Polydor Records, Tom March, disse, em comunicado citado pela "Reuters", que “é importante que os Brits continuem a evoluir e que tenham como objetivo ser o mais inclusivos possível”. Avançou, ainda, que sente que "este é, absolutamente, o tempo certo para celebrar as proezas dos artistas através da música que criam, e do trabalho que fazem, independentemente do seu género", "pela forma como escolhem identificar-se ou como outros possam vê-los”.
Artistas como Sam Smith já tinham expressado o desejo por esta mudança. Argumentando que o sistema existente excluía artistas não-binários, sentiam que não se integravam nestas categorias (Sam Smith assumiram-se sem género em 2019).
"Os Brits sempre foram uma parte importante da nossa carreira. A música para nós sempre foi sobre união e não divisão", escreveram na publicação que entretanto já foi apagada, como avançou a "BBC News".