Há mais 13 mortes e 2.153 novos casos de infeção em Portugal pelo novo coronavírus. São estes os dados divulgados este sábado, 17 de outubro, pela Direção-Geral da Saúde, no novo boletim epidemiológico.
Estes números surgem no rescaldo das declarações de Marcelo Rebelo de Sousa, que afirmou aos jornalistas que podem ser necessárias medidas mais restritivas para o País caso o número de mortos continue a aumentar.
"Se o número de mortos disparar para várias dezenas por dia aí temos um problema grave que atravessa toda a sociedade portuguesa e queremos evitar que isso aconteça", disse o presidente da República.
Esta semana, a ministra da Saúde, Marta Temido, admitiu em conferência de imprensa que Portugal está a "enfrentar uma situação crescente que se tenderá a agravar nos próximos dias". Marta Temido referiu os modelos matemáticos elaborados pelo Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge , que estimam que o crescimento pode chegar aos 3000 casos diários dentro de alguns dias se não tivermos cuidados. Ainda assim, fez questão de salientar que a reversão dos modelos matemáticos depende das medidas tomadas daqui para a frente.
Marta Temido assegurou ainda que estão a trabalhar em dois eixos de ação. Um tem a ver com a continuidade da preparação de resposta do Serviço Nacional de Saúde e o alívio da pressão crescente nas organizações da saúde e nos profissionais. O outro está relacionado com a revisão das medidas.
A linha do SNS24 vai ainda poder prescrever testes a partir da próxima semana e "a atividade de rastreamento de contactos intensificar-se-á nos próximos dias por profissionais recrutados especificamente para o efeito, nomeadamente em regiões onde ainda está mais incipiente".
Relativamente aos casos de doença ligeira e de doentes que testaram positivo à COVID-19, mas que se encontram assintomáticos, o período de isolamento reduziu de 14 para 10 dias desde que os doentes se encontrem sem sintomas há três dias consecutivos.