
Portugal continental está a passar por uma vaga de calor extremo.A origem deste fenómeno está na deslocação de uma massa de ar quente e seco proveniente do norte de África. De acordo com o IPMA, os termómetros deverão atingir entre 35°C e 40°C na generalidade do país, podendo ultrapassar os 44°C nas regiões do interior sul, bem como nos vales do Tejo e do Douro.
As temperaturas mínimas também serão atipicamente elevadas, podendo não descer abaixo dos 25°C durante a noite em algumas localidades.
Apesar da frequência crescente destes episódios extremos, especialistas alertam para os riscos significativos associados ao calor intenso, que vão muito além do simples desconforto. A Direção-Geral da Saúde (DGS) sublinha que o impacto na saúde pública pode ser grave, sobretudo entre os grupos mais vulneráveis, como crianças, idosos e pessoas com doenças crónicas.
Assim, em resposta, a DGS, em articulação com o IPMA e o Serviço Nacional de Saúde (SNS), ativou medidas reforçadas do Plano de Contingência para a Resposta Sazonal em Saúde, trabalhando em conjunto com estruturas regionais e locais para minimizar os efeitos do calor extremo, referem numa comunicação oficial publicada no site.
As autoridades apelam à população para que adote comportamentos preventivos, como a hidratação regular, a permanência em locais frescos e a limitação da exposição solar nas horas de maior calor.
A duração desta vaga de calor permanece incerta, mas há possibilidade de que se prolongue até ao início de julho, sobretudo no sul do país. Para se proteger deste cenário extremo, tenha em atenção as recomendações da DGS.
11 coisas que deve fazer para se proteger do calor extremo
1. Beber água, mesmo quando não tem sede, evitando o consumo de bebidas alcoólicas;
2. Procurar permanecer em ambientes frescos ou climatizados, com sombras e circulação de ar, pelo menos duas a três horas por dia;
3. Evitar a exposição direta ao sol, principalmente entre as 11 e as 17 horas. Utilizar protetor solar com fator igual ou superior a 30 e renovar a sua aplicação de duas em duas horas e após os banhos na praia ou piscina;
4. Utilizar roupas de cor clara, leves e largas, que cubram a maior parte do corpo, chapéu e óculos de sol com proteção ultravioleta;
5. Evitar atividades no exterior que exijam grandes esforços físicos, nomeadamente, desportivas e de lazer;
6. Escolher as horas de menor calor para viajar de carro, e não permanecer dentro de viaturas estacionadas e expostas ao sol;
7. Dar atenção especial a grupos mais vulneráveis ao calor, tais como crianças, pessoas idosas, doentes crónicos, grávidas, trabalhadores com atividade no exterior;
8. assegurar que as crianças bebem água frequentemente e permanecem em ambientes frescos e arejados. As crianças com menos de 6 meses não devem estar sujeitas a exposição solar, direta ou indireta;
9. Contactar e acompanhar os idosos e outras pessoas que vivam isoladas, assegurando a sua correta hidratação e permanência em ambientes frescos e arejados;
10. Manter-se informado relativamente às condições climatéricas, para poder adotar os cuidados necessários;
11. Em caso de emergência, e se apresentar sinais de alerta (tais como suores intensos, febre, vómitos/náuseas ou pulsação acelerada/fraca), contactar o SNS 24 através do número 808 24 24 24, ou ligar para número europeu de emergência 112.