Portugal regista já 46.512 infetados e 1.660 mortos pelo novo coronavírus. São estes os novos dados avançados pela Direção-Geral da Saúde (DGS) no boletim epidemiológico deste domingo, 12 de julho. Estes números representam um aumento de 291 infetados, enquanto as vítimas mortais registadas são mais seis do que as de ontem.

Estes números surgem depois da Direção-Geral da Saúde (DGS) reconhecer que não há quaisquer evidências científicas que suportem a tese de que os aparelhos de ar condicionado possam propagar e transmitir o novo coronavírus. E espera-se que, nas próximas semanas, surja no site oficial da DGS uma série de novas orientações referentes a este tipo de aparelhos.

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"Tendo em conta o atual conhecimento científico sobre as vias de transmissão do SARS-CoV-2, não existe evidência de que os sistemas de ar condicionado estejam implicados na propagação deste vírus, desde que esteja assegurada a sua correta instalação e manutenção periódica", clarificou fonte da autoridade de saúde ao "Correio da Manhã".

No entanto, a mesma fonte explica que este detalhe não dispensa  "a importância de garantir a ventilação natural dos espaços fechados", já que é nesses contextos que o vírus mais tende a propagar-se. "Foi também elaborada uma orientação técnica que será publicada brevemente", explica fonte da DGS ao mesmo jornal.

Segundo a Direção-Geral da Saúde, a nova orientação para o uso de aparelhos de ar condicionado deverá abranger edifícios públicos, de habitação, comerciais e serviços. A exceção, pelo menos inicialmente, serão os hospitais — uma vez que requerem normas mais específicas.

 Esse novo documento resulta da estreita colaboração entre a autoridade de saúde e a Associação Portuguesa das Empresas dos Setores Térmico, Energético, Eletrónico e do Ambiente (APIRAC). O alinhamento das medidas terá sido fechado a 3 de junho e terá como objetivo "corrigir falhas apontadas pela indústria" a todas as normas que estavam em vigor num contexto de pré-pandemia, e que determinam "a utilização do ar condicionado em modo de extração" ou a "higienização por método certificado".

Segundo a associação, as novas orientações chegam numa altura em que "o grau de desorientação gerado a nível nacional" sobre o tema provocou quebras de volumes de negócios de 50%, afetando mais de 15 mil postos de trabalho no sector.