Uma criança de 11 anos foi a uma papelaria e perguntou ao dono se teria algum material escolar usado que iria deitar fora, porque ele queria continuar a estudar mas não tinha dinheiro para comprar um caderno e uns lápis de cor. A cena foi presenciada por um outro cliente, que a revelou nas redes sociais, elogiando a atitude do dono da papelaria Dino, em San Rafael, na Argentina, um homem chamado Maurício.
“O menino entrou e perguntou se tínhamos algum material escolar para dar, pois ele não tinha dinheiro para comprar e queria continuar a estudar. Perguntei o que ele precisava e tudo o que ele pediu foram cadernos e lápis de cor”, contou o dono da papelaria.
O homem, tocado pela humildade da criança, e pela forma dedicada como procurava não desistir dos estudos, perguntou então ao rapaz de que é que ele necessitava, ao certo, para poder trabalhar da mesma forma que os outros colegas na escola. Maurício pegou na mão do rapaz e levou-o para o armazém da papelaria. Passou-lhe um saco para a mão e foi colocando lá dentro tudo aquilo que ele ia referindo. “Adicionámos um lápis, uma caneta, uma borracha, um afia, uma régua, um estojo e algumas outras coisas. Coloquei tudo numa sacola e ele ficou com ela. Ele ficou muito feliz, agradeceu antes de sair e foi embora.”
O cliente que estava a presenciar a cena, e que a relatou nas redes sociais, diz que Maurício ia colocando artigo a artigo na sacola e perguntando: "E mais? De que é que necessitas mais?". "Tiro o chapéu ao senhor da papelaria Dino", escreveu.
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Foram estas partilhas que levaram a que a papelaria Dino fosse reconhecida por vários utilizadores da rede social. Muitos, contaram que já o pai de Maurício, chamado precisamente Dino, ajudava crianças com materiais da mesma forma que o filho havia feito. “Desde que isto aconteceu, muitas pessoas passaram a mandar-nos mensagens pelas redes sociais. Uma senhora disse-me que quando perdeu o emprego o meu pai deu-lhe os materiais para a sua filha. Eu mostrei ao meu pai e ele chorou a ler a mensagem”, contou Maurício. “Toda a gente reconhece o meu pai na vizinhança e isso deixa-me muito feliz e orgulhoso.”