Tem sido mantido um quase secretismo em relação à identidade dos pais do pequeno Êmile, de 3 anos, que desapareceu misteriosamente há uma semana, a 8 de julho, de uma pequena aldeia dos Alpes franceses. Na altura do desaparecimento, e até agora, foi sempre dito pela imprensa que os pais da criança estariam em casa, perto de Marselha, a cerca de 2o0 quilómetros da aldeia de Le Vernet, na região dos Alpes, onde residem os avós paternos de Êmile. Mas afinal o pai do rapaz, um homem de apenas 26 anos, não só estava na aldeia com o filho e outros familiares como participou das primeiras buscas para tentar encontrar a criança. E, nessas mesmas buscas, teve uma atitude e um comportamento que são agora vistos como estranhos por parte de alguns dos voluntários que tentaram logo no dia 8 encontrar o pequeno Êmile.
Recorde-se que as autoridades já deram por concluídas as buscas no terreno, sem que tivesse sido encontrada qualquer pista da criança, e estão agora focadas na análise de dados tecnológicos da região, sobretudo os telemóveis que captaram a antena da região de Le Vernet, e que possam pertencer a pessoas de fora da aldeia.
As atenções viram-se também cada vez mais para os pais de Êmile, que já foram ouvidos pela polícia. O pai, sobretudo, é visto na aldeia como uma pessoa autoritária e até agressiva ou violenta, o que está a deixar muitas pessoas de pé atrás. Sobretudo devido à postura que adotou no dia do desaparecimento do filho. Em primeiro lugar, e de acordo com o testemunho de alguns voluntários, citados pelo site "MarieFrance", o pai de Êmile nunca mostrou uma atitude emocional, o que contrastou gritantemente com o avô da criança, que chorava sem parar. "Toda a gente ficou um pouco surpreendida. Vi o avô do rapaz a chorar, muito emocionado", contou uma pessoa da aldeia, citada pelo mesmo site.
Depois, chocou alguns dos voluntários a atitude com que o homem se apresentou para as buscas. "Estava muito bem vestido, o que nos surpreendeu um pouco. Vestia uma camisola de gola alta e calças sociais. Mostrou-se sempre muito autoritário e levantava a voz rapidamente para repreender as pessoas que, na sua opinião, não tinham a atitude correcta", criticou outro dos voluntários.
De acordo com alguns relatos de outras pessoas da aldeia, todas elas entrevistadas pela polícia, terá havido no passado alguns episódio de violência física ligados ao pai de Êmile, que, para já, continua apenas a ser uma testemunha neste caso, não havendo formalmente qualquer suspeita sobre ele ou a mãe da criança.