Graça Freitas confirmou esta sexta-feira, 4 de setembro, que as crianças e jovens em risco que dão entrada em instituições de acolhimento “vão ficar isentas de qualquer tipo de quarentena”.

Em causa está a decisão tomada pela Direção Geral de Saúde (DGS) no final do mês de julho que previa que todas as crianças e jovens em perigo retiradas às famílias tivessem de entrar sozinhas nas casas de acolhimento sendo obrigadas a ficar em isolamento durante 14 dias, mesmo que apresentassem teste negativo à Covid-19.

Crianças retiradas às famílias obrigadas a cumprir 14 dias de isolamento
Crianças retiradas às famílias obrigadas a cumprir 14 dias de isolamento
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Após esta decisão vir a público, surgiram várias queixas e a comissão instaladora da Associação AjudAjudar, que conta com profissionais de várias áreas dos direitos das crianças,  chegou mesmo a remeter uma queixa à Provedoria de Justiça no passado dia 24 de agosto.

A Direção Geral de Saúde admitiu sempre que esta esta era uma norma bastante "penalizadora para a criança". "Reconhece-se que colocar em isolamento uma criança recém-chegada é uma decisão muito difícil. No entanto, o momento atual do conhecimento científico e da situação epidemiológica implicam a adoção de medidas de saúde pública que, se por um lado, são extremamente penalizadoras para uma criança que acaba de ser acolhida, por outro, não as implementar pode atentar contra o interesse das outras crianças e dos profissionais e voluntários que trabalham na instituição", foi referido na altura.

Esta sexta-feira, na habitual conferência de imprensa da Direção-Geral da Saúde, Graça Freitas, anunciou que será brevemente publicada uma nova versão da norma assinada a 23 de julho. “Uma vez que no início das aulas a comunidade para onde estas crianças vão é uma comunidade aberta ao exterior, as crianças vão ficar isentas de fazer a quarentena, uma vez que vão entrar e sair da instituição como qualquer outra pessoa”, afirmou a responsável da DGS.