Um funcionário de um stand de automóveis na Irlanda pediu uma semana de férias aos patrões para poder vir para Portugal, mas pôs-se a andar mesmo sem ter tido uma resposta oficial da entidade empregadora. "Não disseram que sim, mas também não disseram que não", viria a argumentar mais tarde. Só que dificilmente podia ter tido mais azar: encontrou o patrão num bar de Albufeira, e, estranho, acabou despedido.
O caso aconteceu em 2022 e está agora em tribunal, já que Gary Maloney contesta a forma como foi despedido. Em outubro, já fora do período de verão, e apercebendo-se de que os dois patrões estavam fora, fez um pedido para gozar uma semana de férias. Naturalmente, sem os chefes por lá, ninguém lhe deu resposta ao pedido. E Gary aproveitou para fingir que tinha tido as férias aprovadas e viajou para Portugal.
Num dos dias em que andava pela noite de Albufeira, Gary entrou num bar e... deu de caras com David Griffin, um dos patrões, revelou a RTE, televisão irlandesa. Fingiu que ficou muito feliz de o ver, tirou uma selfie com ele e até a enviou para alguns colegas do Bill Griffin Motors, o stand irlandês. Mas lá por dentro estava apavorado e já sabia o que o esperava.
Quando regressou a Dublin, tinha os papéis prontos para o despedimento. Durante a semana em que esteve de férias, e mesmo estando com o telemóvel da empresa, Gary nunca atendeu as várias chamadas do stand, deixou cair um negócio importante da venda de um carro de luxo, não deu resposta a vários clientes, tudo porque estava a gozar umas férias não autorizadas. O homem foi despedido mas levou o caso à justiça, onde está a ser julgado. O argumento que apresenta é o de que foi despedido sem lhe darem hipótese de se defender.