É o crime que está a chocar a zona centro do país. Uma jovem de 16 anos foi detida esta quinta-feira após ter confessado o assassinato da irmã, de 19, por causa de um telemóvel. Sabe-se agora que a assassina-confessa terá escondido o corpo da irmã durante três dias debaixo da sua cama, antes de decidir enterrá-la num terreno baldio relativamente perto de casa. A notícia é avançada pelo "Correio da Manhã" desta sexta-feira, 15 de setembro.
Após ter matado a irmã, e quando começaram a surgir perguntas sobre o seu paradeiro, a jovem disse que sabia que ela tinha ido ter com o namorado, ganhando tempo de ação. O pai nunca desconfiou que pudesse ter ocorrido um crime, embora soubesse que as filhas se davam mal. A jovem que confessou o crime acabou por, mais tarde, arranjar um carrinho de mão que usou para transportar o corpo da irmã, que era anã, para uma zona abandonada, onde a enterrou. Mais ou menos por esta altura, familiares da jovem desaparecida lançaram alertas nas redes sociais para que alguém que a pudesse ver ou saber algo sobre o seu paradeiro informasse a família.
A confissão do crime ocorreu apenas depois de a Polícia Judiciária ter conseguido reunir provas que demonstravam que havia sido ela a cometer o crime. "Perante as provas, a menor acabou por confessar o homicídio, cometido por motivos fúteis", mais concretamente "desavenças por causa de um telemóvel", revelou o diretor do Departamento de Investigação Criminal da PJ de Leiria, Avelino Lima, citado pelo "CM".
Em choque está a mãe das duas jovens, uma mulher de nome Marina, e que não vivia com as filhas, tendo mesmo um contacto reduzido com as adolescentes. "É um sofrimento muito grande. Elas não se davam bem, mas eu não esperava isto. Soube ontem que a minha filha estava morta. Perdi duas filhas. Estive com ela hoje na Polícia Judiciária. Não sou capaz de falar mais nada", disse, ouvida pelo "Correio da Manhã".
A jovem homicida-confessa será ouvida esta sexta-feira por um juiz que irá decretar a medida de coação a aplicar.