A Polícia Judiciária (PJ) deteve uma mulher de 30 anos indiciada por tráfico de menores e falsas declarações, após uma investigação que revelou um plano para entregar o filho recém-nascido para adoção de forma ilegal. O caso, que levanta sérias preocupações sobre a segurança e os direitos das crianças, foi confirmado pela PJ em comunicado oficial este sábado, 7 de dezembro.
De acordo com as autoridades, a detida, que é uma cidadã estrangeira, terá colaborado com outros três indivíduos para desenvolver um plano que visava entregar o filho a terceiros, contornando os procedimentos legais necessários para a adoção. A PJ detalhou que havia um acordo financeiro entre os envolvidos, o que caracteriza a prática de tráfico de menores.
A mulher foi localizada e detida no Porto, onde estava "fortemente indiciada" pelos crimes mencionados. A PJ destacou que a investigação se intensificou após a emissão de vários mandados judiciais de busca e apreensão, realizados em julho. No entanto, a suspeita havia fugido para o estrangeiro antes que as ações fossem executadas.
Detenção e Consequências
Após regressar a Portugal, a mulher foi imediatamente detida. Em audiência com o juiz de Instrução Criminal do Porto, foram impostas medidas cautelares severas: a proibição de contato com a criança, a proibição de sair do território nacional e a entrega do passaporte ao tribunal.
A bebé, cuja identidade não foi divulgada por questões de segurança, foi retirada do casal e atualmente está com uma família de acolhimento, sob a supervisão do Tribunal de Família e Menores. A PJ enfatizou a importância de proteger os direitos da criança em situações de risco como esta.