Várias mulheres estão a comprar cápsulas ovos de ténia, um parasita, como forma de emagrecimento, um método que é apresentado como "proibido", mas extremamente eficaz para perder peso de forma rápida. A teoria por detrás desta "técnica" defende que as ténias se irão desenvolver no intestino humano e alimentar-se da comida ingerida pelas pessoas, impedindo assim a assimilação de gorduras. Posteriormente, as ténias são libertadas nas fezes. Só que na prática a coisa não é bem assim e já há mesmo um caso muito grave ocorrido nos Estados Unidos. A comunidade médica alerta para os perigos evidentes deste novo método de emagrecimento, que pode ter efeitos colaterais bem mais graves do que a diarreia, que é aquele que é apresentado por quem "vende" este método em vídeos do YouTube que começaram a circular na China, mas já chegaram aos Estados Unidos e à Europa.

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O caso mais grave foi exposto no canal de YouTube Chubbyemu e envolve uma mulher de 21 anos, norte-americana, que foi identificada apenas como "TE". Em busca de resultados rápidos com esta dieta, e atraída pelos vários vídeos que havia visto nas redes sociais, TE comprou comprimidos com ovos de ténia, pagando com criptomoeda. Nos primeiros dias, a mulher começou a sentir a evidente perda de peso, mas não demorou até começar a apresentar sintomas preocupantes. Ao final de algumas semanas, TE viu começar a nascer-lhe um caroço abaixo do queixo. Ficou preocupada, mas só quando começou a ter vários episódios de desmaios e fortíssimas dores de cabeça é que recorreu a um médico. E foi então que admitiu estar a ingerir ovos de ténia. A mulher foi sujeita a vários exames, que revelaram uma pressão intracraniana anormalmente alta. Os resultados do diagnóstico revelaram ainda a presença no organismo de duas espécies de parasitas, sendo um deles, o Taenia solium, particularmente problemático. Esse parasita pode liberar ovos que se infiltram na corrente sanguínea, causando cisticercose, uma condição que pode afetar o cérebro.

Os médicos prescreveram-lhe vários medicamentos para combater a infeção, bem como esteróides para reduzir a inflamação cerebral. A mulher acabou por recuperar, mas a comunidade médica lançou um alerta para este tipo de procedimento, altamente perigoso e desaconselhável.