Já é um clássico da ilha. Pela quarta vez, Porto Santo vai ser a capital mundial do atum, com nove restaurantes a aderirem ao Festival Rota do Atum, onde vão mostrar variadíssimas formas diferentes de confecionar o peixe, com pratos preparados com alguns dos melhores chefs nacionais. O curador do evento é o chef Cordeiro, que tem a promoção do grupo Vila Baleira.

Os restaurantes envolvidos

Ao todo, haverá seis jantares temáticos especiais promovidos por diferentes chefs. Estas refeições especiais  terão um preço único fixo de 30€, à exceção do jantar de gala de encerramento do Festival que custará 80€. Mas ao longo de toda a semana são muitos os restaurantes que irão ter na ementa pratos especiais confecionados com o peixe estrela dos mares da Madeira. São eles o Panorama, Vila Alencastre, Pé na Água, Porto dos Frades, Bar Apollo, Tio Dorico, Sabores na Brasa, Mercado Velho e Restaurante Torres. Os chefs convidados terão à cabeça o embaixador e curador do evento, o chef Cordeiro, que contará nesta equipa com a chef Ilsa Cunha, responsável pela cozinha do Vila Baleira Porto Santo, e os chefs António Vieira, João Simões, Ruben Correia, Dodó e Pedro Ferreira. De Itália, virá o chef António Mezzero.

Atividades paralelas

Para lá dos pratos especiais que poderá provar nos vários restaurantes, o Festival Rota do Atum leva ainda à ilha de Porto Santo uma série de atividades ligadas à cozinha, como showcookings, jantares vínicos, workshops e um mercadinho de produtores locais, regionais e de fora da região onde poderá encontrar artigos diversos derivados do atum. À noite, estão previstas várias sessões de música ao vivo e animação.

“Acredito estarmos perante um evento que, mais do que marcante, irá ajudar a dinamizar a economia local. Este ano o Festival acontece mais cedo e a partir de agora acontece sempre nesta nesta semana”, explica Bruno Martins, director-geral do grupo Vila Baleira Resort e promotor do festival .

O Hotel Vila Baleira é o promotor principal do evento
O Hotel Vila Baleira de Porto Santo é o promotor principal do evento

Os jantares temáticos

Os seis jantares temáticos terão assinaturas diferentes de chefs, consoante os dias. Para 24 e 25 de abril, o jantar é da responsabilidade da Chef Ilsa Cunha, que terá vários chefs convidados. O jantar do dia 26, a cozinha será do chef João Simões. Para quinta-feira, 27, o jantar especial será feito a quatro mãos, entre os chefs Ruben Correia e Dodó. A particularidade deste dia é que haverá uma homenagem especial aos Açores, que se irá refletir na refeição. Para o dia seguinte, 28 de abril, está prevista uma colaboração entre a cozinha portuguesa e italiana, com o chef António Mezzero a dividir a cozinha com os chefs Pedro Ferreira, António Carvalho e o chef Cordeiro, curador do evento. O último jantar, o especial de encerramento, terá na cozinha todos os chefs envolvidos e está marcado para 29.

Rota do Atum

O concurso gastronómico

Para lá dos jantares temáticos, irá poder provar pratos especiais de atum em vários restaurantes espalhados pela ilha. Todos irão apresentar os seus pratos no concurso "O Atum É a Estrela" e, no final, os mais criativos irão levar o prémio para casa. Para lá da categoria "Profissionais" haverá ainda um vencedor para a categoria "Restaurantes", onde se poderão premiar os chefs e os seus espaços.

Preservar o atum

Um dos objetivos do Festival Rota do Atum é o de alertar para a necessidade de preservação de algumas espécie de atum, que estão em riscos de entrar em extinção. Existe, por isso, uma componente de responsabilidade social no evento, que irá apoiar a organização AIDGBLOBAL, que tem com missão educar e sensibilizar para uma cidadania activa e uma mudança global sustentável. “Há algumas espécies de atum que se encontram em vias de extinção, pelo que a organização do festival irá promover práticas de conciliação da sua promoção com o consumo sustentável. Durante todo o festival existirão roll ups e
mensagens de valorização das espécies — nas mesas de refeições, por exemplo — onde estará informação com dados científicos sobre a importância do consumo sustentável”, explicou Bruno Martins.

60% da quota do atum

A Região Autónoma da Madeira é, a nível nacional, responsável por mais de 60% da cota total da pesca do atum. Isto acontece, sobretudo, porque as águas ao largo da ilha do Porto Santo fazem parte da rota dos cardumes que percorrem os oceanos. As espécies mais comuns pescadas nesta região são o atum gaiado, voador, patudo, albacora e rabilho. A maioria do atum pescado por pescadores madeirenses é descarregado e pesado em Porto Santo, de onde segue para a Madeira para o circuito comercial. O Japão, um dos maiores consumidores mundiais de atum, é um dos maiores importadores deste peixe.