Perto da Casa Branca, em Washington, DC, foi pintado um mural que marca a luta contra o racismo através do nome do movimento Black Lives Matter. A Apple Maps não tardou a atualizar-se e, além de identificar o local nos seus mapas, agora denominado de Black Lives Matter Plaza, mostra também a imagem do moral. Já a Google Maps inclui a localização, mas não a imagem que está marcada no chão.

O mural revelado na sexta-feira, 5 de junho, foi pintado a pedido da Mayor de Washington, D.C., Muriel Bowser, e surgiu na sequência dos protestos que têm marcado os últimos dias nos EUA resultantes da morte de George Floyd a 25 de maio.

A engenheira e investigadora de aplicações Jane Manchun Wong foi uma das que partilhou no Twitter esta atualização, ainda que de forma irónica. "Gosto de como o Apple Maps apenas corrigiu esta parte da imagem de satélite do Black Lives Matter Plaza. (Repare como os carros desaparecem parcialmente nos cantos e que essa parte está visivelmente mais granulada do que o resto)", comentou.

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A especialista refere que a Apple Maps fez uma atualização excepcional do mapa da zona, que não aconteceu nos trâmites habituais.

O mural com as letras Black Lives Matter foi descrito como "uma poderosa obra de arte" por John Lewis — ícone dos direitos civis dos 80 anos, que tem um cancro no estágio quatro. Contudo, apesar de ser admirado por muitos, o mural representa ao mesmo tempo um gesto altamente desafiador de Muriel Bowser em relação ao presidente Donald Trump, que discutiu com a Mayor sobre a melhor forma de responder aos manifestantes.

As letras a amarelo que ocupam dois quarteirões da 16th Street, terminam na Igreja Episcopal de São João, onde Trump tirou uma fotografia a segurar numa Bíblia, depois de os oficiais terem liberado forçosamente manifestantes pacíficos, usando gás lacrimogéneo e escudos de motim.