Dois dos quatro jovens portugueses acusados de violação a duas mulheres em Espanha vão sair em liberdade esta sexta-feira, 24 de setembro. Segundo o advogado dos jovens, Germán Inclána, o Tribunal Providencial das Astúrias aceitou o recurso da defesa e decidiu que poderão aguardar o desenrolar do processo em liberdade, mediante o pagamento de uma fiança de cinco mil euros. Os portugueses, acusados de violação de duas jovens em Gjón, Espanha, devem regressar a Braga ainda esta sexta-feira.
O caso remete a 24 de julho deste ano, quando quatro jovens portugueses foram detidos por suspeita de violação de duas mulheres, na cidade espanhola de Gjón.
As alegadas vítimas, de 23 e 24 anos, admitem ter encontrado um homem num bar e concordado acompanhá-lo à pensão onde estaria hospedado. No entanto, queixam-se de que, à altura da decisão, o homem português estava sozinho, mas, no caminho, terão apanhado um segundo homem e, ao chegar à pensão, estavam lá outros dois, de que não tinham conhecimento.
Posteriormente, segundo o depoimento das supostas vítimas, os quatro portugueses terão obrigado as jovens a manter relações sexuais, avança o "Jornal de Notícias".
Os jovens portugueses rejeitam as acusações ma snão desmentem que, de facto, mantiveram relações sexuais com as alegadas vítimas, mas garantem não as forçaram a nada, sendo, portanto, um ato consentido.
Os quatro portugueses foram detidos no passado dia 24 de julho, sendo que dois dos acusados já regressaram a casa, no distrito de Braga.
Assim que a fiança de cinco mil euros for paga, os dois jovens ainda detidos deverão regressar a Portugal, onde devem aguardar pelo desenvolvimento da investigação, sem recurso a passaporte e obrigados a permanecer longe das alegadas vítimas.
A 11 de agosto, o advogado dos jovens, Germán Inclán, interpelou o primeiro recurso para a libertação dos acusados, que propunha a libertação sob fiança ou transferência para um estabelecimento prisional em Portugal. O mesmo recurso foi recusado, depois de o juiz considerar que existia perigo de fuga, avançou a TVI, com base num testemunho exclusivo do advogado.