Simon Jackson tem 28 anos, um salário baixo e viu o senhorio aumentar-lhe brutalmente a renda após o final do contrato de arrendamento. Sem hipótese de pagar o valor exigido, e sem grandes opções no mercado de rendas baixas, decidiu, como forma de protesto, mudar-se para uma área do seu escritório que estava desocupada desde a pandemia, já que os funcionários continuam em teletrabalho. A história tem qualquer coisa de poético mas não tem é um final assim muito feliz.

Simon, que vive e trabalha numa empresa de consultoria de engenharia em Seattle, nos Estados Unidos, decidiu ir relatando toda a sua história na conta de TikTok, que rapidamente se tornou um sucesso. Partilhou o primeiro vídeo a 8 de março, e mostrou como transformou o cubículo que ocupou numa espécie de quarto. Revelou depois como se servia das casas de banho ou frigorífico do escritório, e os seguidores deliraram.

Simon usa o frigorífico comunitário da empresa
Simon usa o frigorífico comunitário da empresa Simon usa o frigorífico comunitário da empresa

"Este sou eu, a tirar todos os meus pertences de várias malas. Estou a sair do meu antigo apartamento e a entrar no meu cubículo. Não sou pago o suficiente. Assim, como forma de protesto, acabo de chegar à minha empresa. Veremos quanto tempo me posso safar", revelou Simon Jackson no vídeo.

As dormidas eram simples: Jackson colocou um saco-cama por baixo da secretária e usou umas cortinas improvisadas para tapar o cubículo.

Influencer junta 170 mil euros e dá-os a uma idosa para ela deixar o emprego no supermercado e reformar-se
Influencer junta 170 mil euros e dá-os a uma idosa para ela deixar o emprego no supermercado e reformar-se
Ver artigo

Naturalmente que o sucesso dos vídeos acabou por chegar a quem Jackson menos desejava: ao departamento de Recursos Humanos da empresa. Ao fim de quatro dias, a brincadeira acabou. "Pedimos-lhe que apague os vídeos em que afirma viver aqui e outros vídeos seus no escritório. Este conteúdo não é apropriado". Foi esta a mensagem que recebeu, por mail, dos Recursos Humanos. Caso não abandonasse de imediato o edifício, Simon arriscaria um despedimento. Mas o trabalhador não foi propriamente apanhado de surpresa, e já esperava esta atitude, pelo que decidiu, ele próprio, demitir-se.

A parte boa é que com o crescimento brutal de seguidores do TikTok conseguiu uma notoriedade que lhe permite começar o seu próprio emprego. Para já, pretende investir em si próprio e num negócio de venda de macacões online, que lançou recentemente. "Agora vou viajar um pouco e ficar com amigos em diferentes cidades. Tenho um negócio paralelo de venda de macacões e estou interessado em organizar eventos, por isso vou lançar os dados e ver onde tudo isso me leva. Estou à procura de espalhar algumas boas vibrações", disse Simon citado pelo "New York Post".