Esta segunda-feira, 19 de outubro, o centro de contactos SNS24 bateu o recorde de atendimentos: 23.373 chamadas foram atendidas, um número sem precedentes. Março e setembro de 2020 foram os meses em que a linha registou mais contactos, mas fontes dos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS) revelaram que é "expectável que outubro seja o mês com o maior volume de chamadas atendidas”, escreve o "Público". Antes da pandemia, o mês com o maior número de chamadas atendidas foi janeiro de 2019, com pouco mais de 200 mil.
Não é difícil perceber o porquê do aumento. Portugal atravessa uma segunda vaga do novo coronavírus, com as últimas semanas a registarem recordes de novos casos diários. O País encontra-se novamente em estado de calamidade, com a ameaça de medidas mais restritivas se os números de novas infeções não estagnarem.
Devido ao agravar da situação, a 14 de outubro, em conferência de imprensa, Marta Temido adiantou que a linha SNS24 voltaria a poder prescrever testes à COVID-19, para confirmação ao ou não da infeção, a partir desta semana. De acordo com informações dos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS), "neste momento, o SNS24 ainda não está a prescrever testes, mas deverá voltar a fazê-lo brevemente”, salienta o "Público".
96% das chamadas são atendidas e tempo de espera é "inferior a um minuto"
Entre 1 de janeiro e 24 de setembro deste ano, o SNS24 atendeu 1.906.644 chamadas, mais 840.844 em comparação com o período homólogo de 2019. Segundo estes dados da Agência Lusa, citados pela mesma publicação, a Linha de Aconselhamento Psicológico, criada a 1 de abril, tinha recebido até 24 de setembro 37.328 chamadas.
Apesar do elevado número de contactos, e ao contrário do que se passou na fase inicial da pandemia, a grande maioria das chamadas são atendidas — 96%, especificamente.
"Podemos dizer que o tempo médio de espera para atendimento é, em regra, inferior a um minuto, no entanto, há períodos de picos ao longo do dia onde se pode registar uma alteração deste valor”, explicam os SPMS. As chamadas relacionadas com sintomas compatíveis com a COVID-19 “representam cerca de 35% do volume total de chamadas atendidas” pelo centro de contacto desde março.