Em 2009, Kathryn Mayorga diz ter sido violada por Cristiano Ronaldo, num quarto de hotel, em Las Vegas. Mais de dez anos depois, esta sexta-feira, 8 de outubro, o juiz do tribunal de Las Vegas recomendou o arquivamento do mais recente processo jurídico movido pela norte-americana contra o jogador português. Cristiano Ronaldo mantém a versão de que, de facto, houve sexo, mas consentido.

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O Tribunal de Las Vegas pode vir a arquivar o processo civil contra o jogador do Manchester United. A decisão, segundo a imprensa britânica, não tem por base o crime (ou falta deste), mas a "conduta inadequada" dos advogados de Kathryn Mayorga. Por isso, o arquivamento do processo não traduz a alegada inocência de Cristiano Ronaldo.

"Estamos contentes por ver que o tribunal reviu esta matéria e mostrou vontade de aplicar a lei aos factos, recomendando o arquivamento do caso civil contra Ronaldo", disse o advogado do futebolista português, Peter Christiansen, citado pelo "Daily Mail".

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De acordo com o jornal britânico, Cristiano Ronaldo tenta, desde junho, fazer com que o processo seja arquivado. Os advogados do jogador português alegam que a defesa de Kathryn Mayorga teve por base documentos obtidos de forma ilegal, que, dizem, não são mais do que conversas entre o jogador e a sua equipa de advogados de defesa.

A defesa do português avança, ainda, que os advogados da alegada vítima forneceram “documentos roubados” à polícia de Las Vegas.

"Rejeitar o caso de Mayorga pela conduta inadequada do seu advogado é uma consequência difícil", destacou o magistrado do tribunal do Nevada, nos Estados Unidos, alegando que "Stovall [advogado de Kathryn Mayorga] agiu de má fé em detrimento da sua cliente e da sua profissão", lê-se no mesmo jornal.

Os advogados de Mayorga têm agora 14 dias para reagir ao parecer emitido. O caso pode estar prestes a ser arquivado, mas não há, ainda, qualquer decisão oficial. 

Em abril deste ano, Kathryn Mayorga voltou a recorrer à justiça americana para pedir ao jogador de 36 anos uma indemnização no valor de 64 milhões de euros. A alegada vítima disse exigir 20,7 milhões de euros pela "dor e sofrimento passados", mais 18 milhões pela "dor e sofrimento futuros" e ainda 18 milhões por danos punitivos.

Recorde-se de que, em 2010, a modelo norte-americana retirou as acusações contra Cristiano Ronaldo, na sequência de uma indemnização no valor de 375 mil dólares (aproximadamente 325 mil euros), segundo, à data, avançou o jornal "Der Spiegel". Segundo a imprensa alemã, o pagamento do valor terá resultado de um acordo de sigilo extrajudicial.