O ator norte-americano Will Smith recorreu esta segunda-feira, 28 de março, à rede social Instagram para fazer um pedido de desculpas público a Chris Rock devido à agressão em direto no palco dos Óscares na noite de domingo, 27.

Will Smith agride Chris Rock e a cerimónia continua. Estamos perante uma normalização da violência?
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Menos de 24h após o acontecimento, Will Smith, que acabaria por vencer na categoria de Melhor Ator, já se pronunciou, condenando a sua própria atitude.

"Gostaria de te pedir desculpa publicamente, Chris. Passei das marcas e estava errado. Estou envergonhado e os meus atos não corresponderam ao homem que quero ser. Não há lugar para a violência num mundo de amor e bondade", escreveu o ator. Na mesma publicação, Will Smith pediu ainda desculpa à "Academia, aos produtores do programa, a todos os participantes", aos que assistiram ao momento em todo o mundo e ainda à família Williams (o ator norte-americano venceu a estatueta pelo seu desempenho no filme "King Richard: Para Além do Jogo", onde interpretou Richard Williams, pai das tenistas profissionais Venus e Serena).

O acontecimento inesperado, que se tornou o mais comentado da 94.ª edição dos Óscares, ocorreu após Chris Rock ter feito uma piada sobre o cabelo de Jada Pinkett Smith, mulher de Will Smith, que sofre de alopécia. O ator norte-americano não gostou, levantou-se do seu lugar nas filas da frente, subiu ao palco e agrediu Chris Rock com uma chapada no rosto.

Academia condenou agressão e comunicou abertura de investigação

Ao início da noite desta segunda-feira, 28 de março,  a Academia  de Artes e Ciências Cinematográficas, o grupo que atribui os Óscares, comunicou que irá abrir uma investigação ao sucedido, condenando o ato de violência do ator Will Smith.

Em comunicado, a Academia disse que "condena as ações do Sr. Smith no evento da noite passada [domingo]". "Demos oficialmente início à investigação do incidente e vamos explorar outras ações e consequências de acordo com os nossos Estatutos, Normas de Conduta e lei da Califórnia", lê-se ainda no comunicado, citado pelo jornal "Público".