Depois de o coronavírus ter chegado a países como a Itália ou o Irão, foram confirmados os dois primeiros casos em Portugal, a 2 de fevereiro, numa altura em que já estão contabilizados mais de 90 mil casos de contágio. Um dia depois, a 3 de fevereiro, foram confirmados mais dois — um no Porto e outro em Lisboa. O facto de estar a ser tão noticiado nos órgãos de comunicação social e de se ter espalhado por vários países, a preocupação aumentou e há quem recorra a métodos extremos (e inúteis) para se tentar proteger de um possível contágio.
Na Rússia, por exemplo, sabe-se que as autoridades estão a capturar animais vadios e a exterminar ratos para evitar casos de contágio. A noticia foi avançada pela agência de notícias RIA que, citada pelo jornal "Independent", conta com declarações de Elena Andreevea, responsável pela Rospotrepnadzo — o serviço dedicado à supervisão da proteção dos direitos do consumidor e bem-estar na Rússia.
"Atualmente, estamos a implementar uma série de medidas a uma grande escala para a total desratização da cidade. Além disso, estamos ainda a capturar animais selvagens e vadios", terá dito.
Embora Andreeva não tenha aprofundado sobre a forma como estão a ser tomadas as medidas ou o que está a acontecer aos animais capturados, adiantou que se trata de um novo plano para evitar o número de casos de contágio de coronavírus.
Ainda segundo o jornal britânico, esta é uma medida que já foi contestada por várias organizações, incluíndo um órgão de comunicação russo especializado em notícias sobre animais, que considerou o plano "estúpido, sem base científica e simplesmente cruel".
É que a medida é alarmista, extrema e zero eficiente até porque, segundo as garantias da Organização Mundial de Saúde, "não há quaisquer indícios de que os animais, como cães ou gatos, possam ser infetados com o novo coronavírus".
Mas noutras parte do mundo, o alarmismo levou a que vários cidadãos procurassem medidas que, consideravam eles, pudessem ser úteis para prevenir o contágio. E vale tudo: desde pôr garrafões de água na cabeça ou tapar a boca com cascas de laranja presas à cabeça por um fio, como se de uma máscara se tratasse.
Mas há ainda quem use máscaras feitas de pensos higiénicos ou até mesmo de soutiens. As fotografias insólitas, que pode ver aqui, foram recolhidas pela plataforma "Bored Panda".