Alessandra Dellatorre, uma advogada de 29 anos, saiu de casa para caminhar em São Leopoldo, no Vale dos Sinos, e nunca mais voltou. Dado que o desaparecimento se deu a 16 de julho de 2022, esta segunda-feira, 16 de janeiro, faz seis meses desde que a brasileira foi vista pela última vez.

Foi encontrada uma garrafa da mulher com a bebida que esta costumava beber antes de realizar exercício físico. Foi enviada para análise para perceber se existem vestígios de substâncias, mas segundo o Instituto-Geral de Perícias, esta análise demora algum tempo por ser um trabalho complexo e não há previsão para a sua conclusão.

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A polícia realizou buscas em áreas de mato com a ajuda de bombeiros e cães, falou com moradores das zonas por onde Alessandra passou antes de desaparecer e em municípios vizinhos ao da advogada e não foi encontrado nada que pudesse indicar o que aconteceu. A polícia está ainda a monitorizar as contas bancárias e as redes sociais da advogada, de forma a identificar qualquer movimentação nova em seu nome, avança o jornal "GZH".

“Não há nenhum indício de que ela [Alessandra Dellatorre] tenha sofrido algo, é uma hipótese muito remota. A nossa principal linha de investigação é de que teria saído de casa por questões de depressão. De qualquer forma, continuamos com a procura e a investigação seguirá em aberto” disse André Serrão, da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de São Leopoldo, à mesma publicação. Segundo as autoridades, Alessandra estava em tratamento para transtorno psicológico.

Enquanto a DHPP afirma que o desaparecimento pode ter sido espontâneo e motivado por depressão, o escritório de advogados que a família contratou trabalha com a hipótese principal de que houve crime, revela o jornal "VS".

“Foram analisadas centenas de câmaras de vigilância, centenas de horas de gravação, que fizeram com que o trajeto da Alessandra fosse identificado. Ela realmente entra naquela mata, foi vista lá, e não temos informação de que lá saiu. Por isso, as buscas foram intensificadas dentro dessa mata, mas é uma área enorme”, revelaram as autoridades.

No dia do desaparecimento, Alessandra vestia uma sweat preta e calças pretas, e foi captada por câmaras de segurança que registaram parte do caminho feito por esta. Deixou o telemóvel e a carteira em casa e levou a garrafa depois encontrada pela polícia, avança o "g1".

A mãe, Ivete Dellatorre, disse que acredita que a filha está “com os pensamentos desorganizados e por isso não consegue voltar para casa” e Érica Dellatorre, madrinha de Alessandra, de 49 anos, afirma que não perderam a esperança e que a sua vida é procurar pela mulher brasileira.