Haidari tem 9 anos e está preso num fundo de um poço com 25 metros desde esta terça-feira, 15 de fevereiro, em Zabul, uma província no sul do Afeganistão. Duas semanas depois do caso de Rayan, menino de 5 anos que acabou por morrer depois de passar mais de 100 horas num buraco em Marrocos, volta a acontecer um caso semelhante. Especialistas dizem que o caso de Haidari pode ser ainda mais complexo.

As imagens captadas por uma câmara que fizeram chegar ao interior do poço mostram que o menino está vivo e comunicativo, já tendo inclusive respondido a questões colocadas pelo pai.

Corrida contra o tempo para salvar Rayan: menino de 5 anos está preso num poço há 3 dias
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"Estás bem, meu filho?", questiona o pai do menino, num vídeo que já circula nas redes sociais. "Fala comigo e não chores, estamos a trabalhar para te tirar daí", acrescenta. "Ok, vou continuar a falar", responde a criança, de forma queixosa, apesar de as imagens mostrarem que consegue mexer os braços e a parte superior do corpo.

Por agora, e de acordo com o secretário do vice-primeiro-ministro Abdul Ghani Baradar, o menino está "bem de saúde e às vezes pede comida ou água". Até ao momento, as circunstâncias do caso ainda não são conhecidas, sabendo-se apenas que o poço está seco. "Está lá uma equipa com uma ambulância, oxigénio e outras coisas necessárias", acrescentou.

Na partilha do responsável do governo talibã é ainda possível ver uma imagem de um túnel que está a ser escavado para tentar chegar à criança.

O caso está a mobilizar a atenção internacional e já há fotos e vídeos do menino afegão a circular nas redes sociais. Imagens que, segundo a CNN, a AFP dá como fidedignas: Haidari está vestido com uma camisola azul, sentado no fundo do poço, com os ombros contra a parede.

O caso ecoa a tentativa de resgate de Rayan, o menino marroquino de 5 anos que, há menos de duas semanas, ficou preso num poço de 32 metros, acabando por não sobreviver. Especialistas, em declarações à CMTV, dizem que caso de Haidari pode ser ainda mais complexo, face à falta de meios e ao clima do local, mas deixa a ressalva de que se trata de uma criança mais velha e, por isso, com outro autocontrolo.