Aos 11 anos, Alex Batty desapareceu sem deixar rasto em Espanha. Seis anos depois, o agora adolescente britânico de 17 anos foi localizado na região de Toulouse, em França – e, alguns dias depois de se ter apresentado às autoridades, o jovem está de volta à sua terra natal.

A polícia britânica, juntamente com um membro da família, foi buscar Batty a Toulouse e acompanhou-o no regresso a casa, segundo a CNN Portugal. A confirmação chegou através de Matt Boyle, chefe-adjunto da polícia de Manchester, que acrescentou que Alex Batty deverá voltar para os braços da avó, Susan Caruana, em Oldham, Manchester, a sua tutora, brevemente.

Quanto à mãe, com quem o menino estava a passar férias em Marbella, em Espanha, aquando do seu desaparecimento, o seu paradeiro é ainda incerto. Melanie Batty, que não tem a guarda do filho, poderá estar na Finlândia, de acordo com informações do procurador-adjunto de Toulouse, Antoine Leroy.

A viagem, realizada em outubro de 2017, coincidiu precisamente com a altura em que Melanie perdeu a guarda do filho, pelo que terá aproveitado as férias para fugir com ele. Contudo, o par, que estava também com o avô, que entretanto morreu, deveria ter voltado para o Reino Unido a 8 de outubro de 2017, duas semanas depois do início das férias, mas isso não aconteceu.

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Na altura do desaparecimento, a avó acreditava que os familiares se tinham escondido em algum local pautado por um "estilo de vida alternativo". Os atuais responsáveis pelo caso acreditavam que o jovem fugiu de uma comunidade "rural espiritual" nos Pirinéus, onde as pessoas que a integram vivem essencialmente em caravanas e tendas, avança a "Metro". A teoria acabou por ser confirmada.

Alex foi descoberto por um automobilista francês, Fabien Accidini, quando estava a viver numa "comunidade espiritual" na região de Toulouse, onde passou os últimos dois anos, ainda de acordo com a CNN Portugal. Accidini relatou que o adolescente afirmou ter sido raptado pela mãe há cinco anos, em Marrocos e, desde então, passou períodos em Espanha, antes de ir para França.

Um habitante local descreveu a área onde Alex foi encontrado como sendo o lar de uma comunidade de nómadas internacionais, que procuram um estilo de vida alternativo. À volta desta comunidade existe um estigma, já que são chamados de delinquentes, mas frisam estar apenas à procura de uma forma diferente de viver.