Andrew Tate, o controverso influenciador britânico-americano de 36 anos com mais de 4,5 milhões de seguidores no Twitter foi detido dia 29 de dezembro de 2022 na Roménia, juntamente com o seu irmão Tristan, por suspeitas de crime organizado, tráfico humano e violação. No dia seguinte, um tribunal na Roménia decidiu estender a detenção para 30 dias.

Andrew Tate tinha recorrido contra a decisão de estender a pena de 24 horas para cerca de um mês. Um porta-voz da agência romena de anticrime organizado — DIICOT — avançou que o recurso foi negado esta terça-feira, 10 de janeiro, por um tribunal em Bucareste.

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Duas mulheres romenas também foram detidas, e tanto estas mulheres como Tate e o irmão contestaram imediatamente o prolongamento da pena. A decisão do tribunal prende-se com a possibilidade de escaparem das investigações não poder ser ignorada, impedindo assim os suspeitos de deixarem a Roménia e "estabelecerem-se em países que não permitem a extradição”, avançou a Sky News.

Após as investigações, a DIICOT identificou seis vítimas que foram submetidas pelo grupo a “atos de violência física e coerção mental” e foram abusadas sexualmente por membros do grupo. Segundo a agência, as vítimas foram aliciadas pela ideia de um relacionamento romântico e de seguida foram violentadas fisicamente e forçadas a realizar atos pornográficos para sites que geraram grandes ganhos financeiros.

Através dos vídeos pornográficos, foi possível identificar no corpo das mulheres que estavam a ser abusadas pelo influenciador tatuagens que diziam "owned by Tate", que se traduz para "propriedade do Tate".

O ex-pugilista já tinha sido banido das redes sociais por fazer comentários misóginos e por propagar um discurso de ódio. O influenciador tinha-se mudado para a Roménia depois de ter sido investigado no Reino Unido por acusações de agressões sexuais, que foram retiradas.