Aos 35 anos, o influenciador (e intitulado “rei da masculinidade tóxica” pela Internet) Andrew Tate foi banido do Facebook e do Instagram, na passada sexta-feira, 19 de agosto, depois de partilhar conteúdo com o qual as plataformas não são coniventes.

A Meta, empresa que detém ambas as redes sociais, diz ter banido o influenciador  por violar as políticas sobre organizações e pessoas perigosas – mas não forneceu mais detalhes, segundo a “BBC News”. E numa transmissão de Twitch, Andrew Tate também revelou não saber pormenores, apesar de admitir “perceber a posição” da empresa.

No momento em que as suas contas foram eliminadas, Andrew Tate contava com quase 5 milhões de seguidores no Instagram, número que cresceu exponencialmente desde o passado mês de julho, altura em que contava com apenas um milhão de seguidores. No entanto, o seu caminho em direção à fama já começou a ser trilhado há mais tempo – a Internet apenas catapultou a presença mediática do influenciador.

Como é que é Tate se tornou conhecido? Além de ter sido lutador de kickbox, Andrew Tate participou no “Big Brother”, no Reino Unido, em 2016, do qual foi expulso. A razão que o levou a abandonar o reality show (depois de lá ter permanecido apenas durante sete dias) foi o surgimento de um vídeo em que agredia uma mulher com um cinto, segundo o “The Sun”.

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Já em 2017, quando os crimes sexuais de Harvey Weinstein se tornaram públicos, desencadeando o movimento #MeToo, Andrew Tate foi suspenso do Twitter devido a mais uma publicação polémica. O ex-kickboxer aproveitou o escândalo em que o produtor de filmes norte-americano estava envolvido para dizer que as vítimas deviam “assumir a responsabilidade” por terem sido agredidas sexualmente.

Assim, a fama deste homem foi crescendo a passos largos e tem estado alicerçada nas afirmações controversas que difunde nas redes sociais (ou quem o faz por si), especialmente direcionadas às mulheres, um grupo sobre o qual já afirmou várias vezes que considera inferior. E, embora não tenha conta própria, os seus vídeos também começaram a ganhar algum palco no Tiktok – e a hashtag com o seu nome conta com mais de 13 mil milhões de visualizações.

Entre muitas coisas, Andrew Tate diz que as mulheres têm de ficar em casa, o único local a que pertencem, acrescentando que, além de não poderem (ou saberem) conduzir, são propriedade do homem. Além disso, promete "trazer a masculinidade de volta" e é por isso que o vemos frequentemente de armas em punho, a conduzir carros velozes e caros e sempre de charuto em punho.