Uma mulher afegã, que se encontrava a bordo de um voo de resgate dos Estados Unidos da América (EUA), deu à luz, no passado sábado, 21 de agosto, depois de aterrar na base aérea de Ramstein, na Alemanha. De acordo com a Força Aérea dos EUA, a mulher sentiu-se mal durante a viagem, entre uma base aérea intermediária e a Alemanha, entrou em trabalho de parto e sofreu complicações.
O Comando de Mobilidade Aérea dos Estados Unidos afirmou, através da rede social Twitter, que a mulher entrou em trabalho de parto a bordo de um avião de transporte C-17 , durante a segunda etapa da sua viagem para fugir dos talibã, que, há uma semana, avançaram com a tomada Cabul.
O voo partiu de uma base no Médio Oriente com destino à grande base aérea dos EUA na Alemanha, de acordo com a CNN. Com base no acordo entre os EUA e a Alemanha, os cidadãos afegãos devem permanecer apenas 48 a 72 horas na base aérea, sendo que não podem exceder o período de dez dias em solo alemão.
Assim que entrou em trabalho de parto, a mulher afegã começou a sofrer fortes contrações. À medida que o parto avançava, a pressão sanguínea da mãe atingiu níveis demasiado baixos. “O comandante da aeronave decidiu descer de altitude para aumentar a pressão atmosférica no avião, o que ajudou a estabilizar e a salvar a vida da mãe (...)".
Depois de a aeronave aterrar de forma segura, uma equipa de médicos dos EUA, presente na base intermediária alemã, entrou no avião e ajudou a mãe a dar à luz uma menina, no compartimento de carga do avião de transporte C-17. "A bebé e a mãe foram levadas para um hospital e encontram-se bem de saúde", explica o Comando de Mobilidade Aérea, na Força Aérea dos EUA.
O processo de evacuação de milhares do Afeganistão continua a decorrer. Segundo a Força Aérea dos EUA, um dos voos de resgate norte-americano, que partiu do Afeganistão a 15 de Agosto, transportou o número recorde de 823 pessoas. Desde o final de julho, já foram resgatadas do Afeganistão 22.000 pessoas, de acordo com o general Hank Taylor.