Jair Bolsonaro, presidente do Brasil, admitiu esta segunda-feira, 6 de junho, estar com vários sintomas associados ao novo coronavírus. Embora a imprensa local adiante que o Bolsonaro já fez o teste de despiste que deu positivo para a infeção da COVID-19, as informações oficiais dão conta de que o resultado do teste só será conhecido esta terça-feira, às 16 horas de Portugal.

O teste foi realizado no Hospital das Forças Armadas, em Brasília, numa altura em que Bolsonaro já admitiu estar a ser tratado com a administração de hidroxicloroquina. O presidente do Brasil revelou também estar com 38 graus de febre, tosse alta, dores de cabeça e dores no corpo. Já a taxa de oxigenação no sangue é de 96%.

Informações oficias dão conta de que o presidente já terá feito uma ressonância magnética aos pulmões, mas o exame não terá revelado quaisquer problemas de maior. Mas devido aos sintomas, todos os compromissos de Bolsonaro agendados até ao final desta semana foram cancelados.

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Este é o quarto teste (ou o quinto, se a informação avançada pela imprensa local se confirmar) que Bolsonaro já fez para o despiste da COVID-19. Os resultados dos três primeiros exames foram, aliás, entregues ao Supremo Tribunal Federal e tornados públicos como consequência de um processo movido pelo jornal brasileiro "Folha de S. Paulo" que invocou o tema como uma questão de interesse público e de saúde pública.

Para os três testes, Bolsonaro usou "Rafael Augusto Alves da Costa Ferraz" e "Airton Guedes" como pseudónimos, alegadamente por "questões de segurança, preservação da imagem e privacidade", escreve o jornal "Expresso".

A notícia de que Bolsonaro tem sintomas de infeção pelo novo coronavírus surge numa altura em que o Brasil é já o segundo país mais afetado. O mesmo onde, pelas ordens do seu presidente, a máscara deixou de ser considerada obrigatória em espaços fechados e onde seja propício o ajuntamento de pessoas.