A viagem de finalistas de Natalee Holloway, como a de qualquer outro adolescente, devia ser de sonho. Contudo, em 2005, acabou por tornar-se um autêntico pesadelo, quando desapareceu sem deixar rasto em Aruba, nas Caraíbas. A última vez que foi vista foi a sair de um bar com Joran van der Sloot – e foi precisamente este holandês de 36 anos, na altura com 22, que confessou ter matado a jovem, quase duas décadas depois.
A par de se ter declarado culpado, Joran van der Sloot confessou detalhadamente o homicídio desta adolescente norte-americana, de acordo com o que está a ser divulgado pela imprensa internacional. Tudo aconteceu num julgamento esta quarta-feira, 18 de outubro, que tinha como objetivo julgar o arguido por extorsão e fraude contra a família da vítima, já que este andava a tentar vender-lhe informações do paradeiro do corpo da mesma.
Entretanto, o julgamento acabou por ir mais longe. "Acabou. Joran van der Sloot já não é suspeito da morte da minha filha. É o assassino", afirmou Beth Holloway, a mãe da vítima, citada pela CNN. "Depois de 18 anos, o caso da Natalee está resolvido", continuou, acrescentando que o homem de 36 anos "fez uma confissão na qual finalmente admitiu" ter sido o responsável pelo crime.
Van der Sloot admitiu ter matado a adolescente com um bloco de cimento numa praia de Aruba, na sequência da rejeição das suas investidas sexuais. Natalee Holloway deu uma joelhada nas partes íntimas do holandês, depois de este a ter apalpado – e o homem respondeu com violência, dando-lhe um pontapé na cara e espancando-a com o bloco de cimento.
Quando a jovem já estava morta, Joran van der Sloot arrastou o corpo da mesma para o mar, que acabou por nunca ser encontrado. E depois de ler a confissão do criminoso – que já havia matado outra mulher, Stephany Flores, em 2010 –, a juíza afirmou que o corpo de Holloway nunca irá ser encontrado.
Atualmente, van der Sloot está a cumprir uma pena de 28 anos pelo assassinato de Stephany Flores, pena à qual acresceram 18 anos por, em 2021, ter sido apanhado a traficar cocaína para dentro da prisão. A par disto, foi condenado a 20 anos pelo assassinato de Natalee Holloway, que cumprirá no Peru, uma vez que não deverá ser extraditado. No entanto, a lei peruana diz que as penas não podem exceder 35 anos, pelo que deverá sair em liberdade em 2045.
Natalee Holloway nasceu em 1986, em Clinton, no Mississipi, mas vivia em Mountain Brook, no estado do Alabama. A jovem acabou o ensino secundário no dia 24 de maio de 2005, poucos dias antes da sua viagem para as Caraíbas. O seu objetivo era estudar medicina na Universidade do Alabama, mas, apenas seis dias depois, acabou por desaparecer.
Os colegas de jovem viram-na a entrar num carro com o holandês, no dia 30 de maio, e mais dois suspeitos: os irmãos Deepak e SatishKalpoe. Foi a última vez que a adolescente foi vista, tendo-se gerado um mistério à volta do seu paradeiro, que só foi dado por terminado 18 anos depois.