Quando Jared Wilson, um médico anestesiologista, levou a sua mulher, Caitlyn, para o hospital para dar à luz, nunca pensou que a sua vida tomasse um rumo completamente diferente. Isto porque aquele que deveria ser um momento de alegria, graças à chegada do novo membro da família, acabou por se transformar em dias de luto, já que a mulher do médico morreu dias depois de ter o bebé, segundo a "People".
Este episódio, que veio mudar a vida desta família, teve início a 12 de dezembro, quando Jared deixou Caitlyn, de 27 anos, no hospital para darem as boas-vindas ao segundo filho. O médico acabou por regressar a casa, já que tinha de cuidar do filho mais velho, Lincoln, 1 ano, sempre com a expectativa de que o parto correria normalmente.
No entanto, não foi isso que aconteceu, tendo surgido algumas complicações durante o processo. O bebé ficou com o cordão umbilical preso, originando uma condição conhecida como prolapso de cordão umbilical. Isto acontece quando o feto comprime o cordão durante o trabalho de parto, causando hipoxemia fetal (baixa concentração de oxigénio no sangue).
Tendo a vida do bebé ficado em risco, os médicos tiveram de tomar decisões delicadas, mas de forma rápida – e a solução mais adequada para este problema passou pela realização de uma cesariana de emergência. Apesar de apressado, o procedimento correu às mil maravilhas e, ainda que Caitlyn parecesse estar a recuperar inicialmente, começaram a surgir algumas complicações nos dias que se seguiram.
Dias antes de dar à luz, a mulher tinha tido uma bronquite, pelo que as vias respiratórias ainda não estavam totalmente recuperadas. Durante a recuperação, chegou a um ponto em que começou a precisar de doses mais elevadas de oxigénio, tendo sido transferida para a unidade de cuidados intensivos do hospital de Buffalo, Nova Iorque, onde estava internada.
Caitlyn acabou por ser entubada, uma vez que tinha chegado a um ponto em que já lhe custava respirar por si própria. "Ela estava cansada de correr esta maratona e eu conseguia ver isso", explicou Jared, citado pela "People", acrescentando que a falta de oxigénio começou a afetar-lhe os órgãos, a par de outras complicações com que contava, como coágulos no sangue e uma concentração elevada de glóbulos brancos.
Durante todo o processo, Jared manteve-se ao lado da mulher, que eventualmente viu morrer. Aliás, foi o próprio que declarou a morte de Caitlyn, quando entrou no quarto e viu a equipa de médicos a tentar reanimá-la, depois de o corpo desta ter cedido a todas as complicações por que estava a passar.
"Eles desligaram as máquinas e saíram [do quarto], enquanto eu agarrava na Caitlyn. E foi isso", explica Jared, citado pela mesma publicação, acrescentando que os pais foram o seu maior apoio durante todo este processo. Assim que o médico lhes disse que havia probabilidades de Caitlyn não sobreviver, o casal prontificou-se a mudar-se do Utah, onde viviam, para Buffalo, em Nova Iorque – e chegaram a vender imóveis e carros para conseguirem fazê-lo.
Agora, além de ter de cuidar do novo membro da família, Jared também está a tentar arranjar formas de manter a mãe viva nas memórias dos filhos."O amor verdadeiro, por muito piegas e conto de fadas que pareça, é real e transcende qualquer barreira de morte, vida ou distância", conclui o médico.