Aconteceu na Flórida, nos Estados Unidos, mas o caso tem muitas semelhanças com o de Valentina, a menina que terá sido assassinada no início de maio em Atouguia da Baleia, Peniche. A mãe desta criança de apenas 9 anos, que sofria de autismo, ligou para a polícia a denunciar uma situação de rapto que teria acontecido na quinta-feira, 21 de maio, num parque de estacionamento de uma grande superfície comercial em Miami.
O corpo da criança, que não falava, foi encontrado um dia depois, na sexta-feira, a cerca de seis quilómetros do local de onde, alegadamente, teria sido raptado.
No entanto, e depois de concluídas as primeiras investigações, a polícia concluiu que não se tratou de um caso de rapto mas de um um caso de homicídio cometido pela própria mãe, Patricia Ripley, que é agora acusada de homicídio em primeiro grau e de homicídio premeditado.
As suspeitas de que a mãe poderia estar envolvida no desaparecimento ter-se-ão intensificado depois de a polícia ter tido acesso a imagens de videovigilância, através das câmaras espalhadas um pouco por toda a cidade, que davam conta de Ripley a empurrar a criança por um canal ao fim de tarde de quinta-feira. Os cidadãos que viviam perto dali terão ouvido gritos e chamaram a polícia, segundo avança a NBC.
Inicialmente, Ripley disse à polícia que ela e o seu filho tinham sido vítimas de uma emboscada na noite de quinta-feira por dois homens que entraram no seu carro exigiram que lhes desse drogas. A mulher terá recusado e, como retaliação, estes homens terão roubado o telemóvel e levado a criança.
No entanto, sabe-se agora, através das imagens de videovigilância, que estes dois homens nunca existiram e que Ripley permaneceu imóvel no carro durante cerca de 15 minutos antes de denunciar o alegado sequestro.
Patricia Ripley encontra-se, neste momento, detida e será presente a um juiz durante as próximas semanas.